Moonscars – Review

Jogos de plataforma sempre foram a minha principal preferência, até conhecer o estilo metroidvania (derivados de Castlevania e Metroid). Desde Ori, “Hollow Knight”, “Blasphemous”, “Dandara” e muitos outros. Aprendi depois a ultrapassar algumas dificuldades em jogos do estilo soulslike (“Sekiro”) e roguelike (“Dead Cells”). Mas o que todos esses estilos têm haver com o primeiro jogo da Black Mermaid?

© Black Mermaid

Em “Moonscars” és a Grey Irma, uma clayborne que foi gravemente ferida e afastada da sua equipa, um ser esculpido em carne, barro e sangue, esta guerreira desperta num mundo sombrio e obscuro. Através das histórias e memórias de traição reveladas durante a sua trajetória, o seu sofrimento e desejo de vingança são constantes, em busca do seu criador, encontrar o Escultor e descobrir o mistério da sua existência torna-se a sua missão.

Ao superar os limites de suas habilidades de combate e dominar novas habilidades para progredir em um mundo implacável e desconfortável, mundo esse alimentado por uma forte agressividade de tudo aquilo que a rodeia, enfrentando seres, em um cenário que procura destruí-la a todo custo, “Moonscars” inspira-se muito em géneros como soulslike e metroidvania, mas também contém a sua própria essência em algumas das suas várias mecânicas, na maior parte do tempo punitivas, que fazem do jogo algo único.

É preciso alguma astúcia para poder enfrentar os inimigos, que na maioria das vezes são agressivos, o bom e velho parry, aquele que te ajuda a aparar o ataque inimigo, para mim fora das melhores soluções na maior parte do tempo, resultando muito bem com a maioria dos oponentes (só tens de saber o tempo certo), tendo um dos seus pontos fortes a movimentação fluída e rápida da personagem, deixando a desejar na fraca diversidade de inimigos, muitas vezes reciclados, apesar da sua originalidade em design gráfico e diferentes formas de ataque, acabam por se repetir ao longo dos diversos mapas pelo mundo de “Moonscars”.

© Black Mermaid

A morte molda-te – Antes de subir, primeiro deves cair.” o que não deixa de ser verdade, literalmente e não só, adaptação da gameplay. Explorar bem o mapa, descer, encontrando lugares que antes pareciam inacessíveis, o segredo é simples: se tiveres com dificuldades muda o rumo por alguns instantes.

De entre outras coisas que gostei do jogo, temos também, uma gameplay cheia de mecânicas com diferentes formas de jogar, com ataque fraco, forte e até ataque concentrado; uma árvore de Habilidades Mágicas um pouco extensa tendo em conta as horas de jogo (cerca de 23h); armas especiais que aparecem de forma aleatória; uma hitbox a nível “pixelomaníaco” (lol) e por fim aprimorar o teu parry. A quantidade de armadilhas espalhadas pelo cenário, podendo prejudicar tanto a personagem como os inimigos e saber utilizá-los poderá ser essencial em certos desafios e ainda tentar evitar ao máximo a Lua (Vermelha) sempre tendo em conta as tuas prioridades.

A forma como é feita o check point, poderá vir a ser um problema, com pontos bem específicos e muito difíceis de encontrar, faz com que de alguma forma tenhamos de procurar com uma certa preocupação, podendo perder muito tempo e até mesmo perder parte do progresso do jogo, mas depois de lá chegarmos, podemos visitar a “Workshop” a famosa “praça de descanso” dos jogos Souls, após o primeiro encontro, assim que retornamos ao nosso mundo, encontramos uma pequena surpresa, um desafio a ser superado feito à nossa imagem.

© Black Mermaid

Em “Moonscars”, cada morte é uma lição aprendida – “e à medida que superas cada desafio, novas verdades serão reveladas” (segundo o próprio estúdio). Aprimoras as tuas habilidades e reflexos em combates desafiadores e cheios de ação. Cortas e desfazes os inimigos, usas armas especiais únicas e comandas feitiçaria poderosa. 

Dos pontos menos bons também podemos falar da falta de tradução PT/BR (a mais frequente) o que poderá afastar alguns jogadores, infelizmente. Contudo, não será difícil perceber o que se passa nesse mundo, visto que tudo é apresentado de forma bastante explícita assim que encontrado.

No geral, “Moonscars” para mim foi uma agradável surpresa, com um combate incrivelmente divertido, boas animações, história e música fantástica, embora simples, cheia de pormenores e nuances. Há uma falta de equilíbrio no que diz respeito à pena de morte e as suas consequências, o que pode levar a uma frustração do jogador.

© Black Mermaid

No momento, encontro-me a meio da progressão a caminho do final, já com 14 dos 33 Achievements, à procura dos 1000GS. Recebi o jogo 4 dias antes do lançamento e consegui explorar muito. Mas, infelizmente por causa de alguns bugs, o meu progresso ficou limitado. A situação ficou resolvida logo no lançamento com um patch de correção.

Ainda assim, tirando este bug ligado directamente a progressão, no geral é possível notar algumas anomalias durante a jogatina, como personagens que se escondem no cenário, dificuldade em deslocar entre plataformas, e alguns ataques que por vezes parecem não surtir o efeito desejado. No entanto, nada de muito marcante.

“Moonscars” encontra-se desde o Day One no Xbox Game Pass, o que é um convite mais que perfeito para experimentar!


PRÓS

  • Mecânicas variadas;
  • Combate;
  • História;

CONTRAS

  • Inimigos repetidos;
  • Checkpoints;
  • Sem Legendas em Português de Portugal;

| Título | Moonscars
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch, PC
| Género | Acção, Plataforma, Soulslike
| Estúdio | Black Mermaid
| Publicadora | Humble Games
| Preço | 19,99€
Site Oficial

REVIEW Face - A não perder

A NÃO PERDER

7/10


Código de review foi providenciado pelo Plan of Attack
Foi utilizado uma Xbox Series X e AOC 27B2H 27” para esta review

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