Call of Duty: Modern Warfare II – Review

Chegamos à mais recente apresentação do “Call of Duty: Modern Warfare II”. O nome do jogo em si já demonstra respeito e a sua editora também.

Não esquecer que estamos perante uma referência da Infinity Ward, comprada então pela Activision em 2003, responsável pelo desenvolvimento de inúmeros CODs, nomeadamente o “Call of Duty: Modern Wafare III em 2011, sendo este o melhor lançamento de sempre da franquia.

E claro, tenho de mencionar o primeiro Call of Duty de todos, tendo este ganho mais de 80 prémios.

Com esta apresentação, estamos então perante o 9º jogo feito pela Infinity Ward, fazendo assim com que todo o trabalho desenvolvido anteriormente faça com que a expectativa seja bastante alta.

Call of Duty: Modern Warfare II
© Infinity Ward

Vamos então entrar na guerra!?

Focado no multiplayer, para onde vão milhões daqueles que obtêm o Call Of Duty, não nos podemos esquecer das boas e velhas campanhas que a Activision nos proporcionou até aos dias de hoje. Com boas experiências e com um excelente enredo, “Call of Duty: Modern Warfare II” veio fazer jus à história do estúdio.

Sempre soubemos a importância que a editora dá à criação e apresentação das suas franquias como esta, sempre na tentativa de mostrar algo novo aos jogadores, mas mantendo aquilo que mais os agradava neste jogo, o que pode tornar-se desafiante.

De volta à grande guerra, com os nossos velhos companheiros Soap e Ghost, “Call of Duty: Modern Warfare II” trouxe-nos aquilo que podemos esperar de um bom jogo de nova geração. Com gráficos aperfeiçoados, podemos dizer que este é o Call of Duty mais fiel de sempre em relação àquilo que é a realidade da guerra moderna, e por aqui percebe-se que a loucura pelo jogo é verídica.

© Infinity Ward | Autor: João Silva

Na realidade, toda esta ‘re-imaginação’ do jogo de 2009 é surpreendente. Esperem na campanha momentos incríveis, onde até algumas missões pedem um ritmo bem mais tático do que franquias anteriores. Aconselho a procurarem tudo mesmo bem e andar com bastante cuidado.

Não pensem que é apenas na parte mais tática e calculista que este novo “MWII” vos vai tirar o fôlego. Todas as missões irão adicionar mecânicas para tornar o teu jogo muito mais interativo e imersivo, que vão variando com o progresso da campanha.

Esta acaba por ser bastante mais proativa no meu ponto de vista, o que é ótimo. Acaba-se por ter um jogo com um desenrolar de história bem mais aprofundado, fazendo com que o jogador seja mais obrigado a estar atento ao mundo à sua volta, e não só chegar, correr e matar tudo. Terás de te adaptar ao ambiente à tua volta. Coisas como as condições meteorológicas e objetos no espaço onde te encontras terão um papel fulcral e irão afetar o sucesso (ou não) da tua missão.

Prepara-te para entrar no modo sobrevivência puro e duro, onde até a tua própria faca vais ter de criar. E muito mais te aguarda em “Call of Duty: Modern Warfare II”. Tudo isto para a eliminação de uma personagem que de todo não é fácil de lidar com, obrigando-te a ter uma abordagem mais tática.

© Infinity Ward | Autor: João Silva

E em termos gráficos? O que esperar?

Pode-se esperar grandes semelhanças, por exemplo, em Amesterdão, onde a Activision decidiu usar a tecnologia do fotorrealismo para a sua produção, e não só. Tem-se também um trabalho fantástico no que consta a cenas cinematográficas: os detalhes do ambiente, os rostos e toda a iluminação fazem com que, meus amigos, pareça real e isso merece mérito.

Sem dúvida que há muita inspiração nas missões da trilogia original de Modern Warfare. É uma campanha bastante imersiva e, sem dar spoilers, encontram-se muitos momentos de déjà vu, em que se sente que já se passou por aquilo. No entanto, não é nenhum remaster ou algo do género. Foi feito um trabalho incrível por parte da Activision juntamente com a Infinity Ward. Aqui juntaram tudo do que tinham de melhor: fizeram com que a tecnologia do momento, a jogabilidade, coisas que se apreciam noutros clássicos e, por fim, muitas novas ideias, formassem uma obra de arte. Acredito também que foi muito trabalho, suor e lágrimas que deu origem ao empratamento que vemos hoje, e que prato bem servido aqui está!

© Infinity Ward | Autor: João Silva

Partilho também que acaba por ser uma viagem rápida até os créditos finais aparecerem, tendo em conta que, quem realmente gostar, fica preso ao ecrã.

As missões fazem isso, agarram-nos ao ecrã, não só pelos efeitos e gráficos visuais – tiro o chapéu à iluminação, a reflexão da luz e a maneira como esta está envolvida no jogo é genial. De destacar também o ambiente, que faz com que se fique, em muitos momentos, a reparar na fidelidade gráfica à nossa volta. Mas também sejamos sinceros, se podemos ficar agarrados é pela jogabilidade suave. Estamos a falar de 60 a 120 frames (dependendo da resolução) na nova geração. Se a perfeição existe, começa por aqui.

Com tudo isso junto, o que mais podemos esperar? A nossa personalidade, pois esta pode ser transmitida um pouco para o personagem com que se está a jogar, devido a situações de diálogo que nos fazem tomar escolhas, tornando assim o jogo mais personalizado e interessante.

E não esperem algo fácil. A IA está boa, e morrem até com alguma facilidade no modo normal.

Por fim, depois do meu primeiro impacto com este título da franquia, posso dizer que podemos estar perante a melhor campanha de Call of Duty de sempre, fazendo este “Modern Warfare II”, a minha campanha de eleição.

© Infinity Ward | Autor: João Silva

Mas, e em relação ao Multiplayer?

Pois bem, Call of Duty não está completo sem Multiplayer e a Activision trouxe-nos para o “Modern Warfare II” um “Modern Warfare” mais polido e com novas mecânicas, neste caso melhorando o que já estava bom.

Em termos de gameplay, continuamos a ter a guerra imersiva a que estamos habituados, agora com um novo modo de 3ª pessoa.

Temos então também um novo leque de novos mapas, no geral bastante dinâmicos em todos os modos de jogo. Porém, já estamos habituados a que a Activision lance sempre os seus mapas mais icónicos para os novos jogos. Temos de regresso o Shoot House totalmente renovado em termos de grafismo, mas mantendo a mesma dinâmica de mapa rápido e interativo. Acredito que, futuramente, vejamos o regresso de novos e velhos mapas totalmente refeitos. E, claro, para quem está habituado à franquia, sabe o quão um mau respawn pode ser frustrante. Mas estejam descansados, sinto que houve algum trabalho desenvolvido nessa parte, para que não seja possível obter vantagem em vários modos de jogo, tornando assim a experiência bastante equilibrada para ambas as equipas.

© Infinity Ward | Autor: João Silva

Temos então um novo progresso de armas, onde para obter todos os attachments por vezes é necessário “upar” todas armas que partilham os mesmos. O que, da minha opinião, para quem vem de outros CODs, podemos dizer que está a ser uma experiência agridoce. Pelo que tenho vindo a perceber do feedback dos jogadores, alguns até não gostam nada da ideia.

Outra pequena, mas significativa mudança, é que já não é mais possível cancelar o carregamento da arma, ou mesmo pôr mira enquanto fazemos slide, acabando assim por trazer um traço mais realista ao jogo. Claro, todas as melhorias são bem-vindas, porém umas amadas e outras odiadas. Neste caso, o feedback acaba por ser positivo e não interfere na gameplay, fazendo apenas com que não seja tão arcade.

Já a obtenção da Camo Gold agora é bastante mais fácil, apenas com a completação de objetivos. Para os jogadores que ostentavam a cor gold da sua arma, agora torna-se bastante mais vulgar. No entanto, não deixa de ser algo que dê trabalho, pois a obtenção da gold é necessária para obtermos as camos mais exclusivas.

Call of Duty: Modern Warfare II
© Infinity Ward

O lançamento do multiplayer, em geral, veio com alguns bugs, mas nada que interfira muito com a gameplay. Isto não está a agradar muito aos jogadores (pois nenhum bug agrada, claro), como por exemplo, por vezes não encontramos partida, ficando a conectar em loop infinito. Tudo isto influencia a experiência do jogo, o que se torna bastante chato e aborrecido. Mais parece que temos um lobby simulator às vezes.

Também a IU (Interface de Utilizador) não está a mais apetecível, fazendo com que a própria Activision tenha vindo publicamente dizer que irá fazer melhorias neste campo.

Claro que todos os jogos têm espaço para melhorias, e do “Call of Duty: Modern Warfare II” só nos resta ter isso em mente, pois estamos perante um grande jogo!

E, por fim, parece que a Infinity Ward, juntamente com a Activision, não está de brincadeiras para se manter no topo como melhor FPS (first person shooter). Sabemos que é aquele jogo que vai sempre manter as essências para entregar aos jogadores a melhor experiência possível de Call of Duty.


PRÓS

  • Campanha bastante imersiva;
  • História bastante alinhada;
  • IA melhorada;
  • Falas das personagens incrível;
  • Grafismo feito através de fotorrealismo;
  • Activision atenta aos seus jogadores;

CONTRAS

  • Lançamento com alguns bugs;
  • IU não é intuitiva;

| Título | Call of Duty: Modern Warfare II
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 4, PlayStation 5 e PC
| Género | Acção, FPS
| Estúdio | Infinity Ward
| Publicadora | Activision Publishing
| Preço | 79,99€
Site Oficial

Ai, a criança em mim!

AI, A CRIANÇA EM MIM

9.5/10


Código de review foi providenciado pela HKStrategies
Foi utilizado um PC (Ryzen 7 3700, 32GB 3200CL16 RAM, RX 5700XT) e monitor Asus TUF IPS 144 Hz 1ms para esta review

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