Parece que ainda ontem tive que escrever sobre mais um conjunto de indies. Mas não, foi só há… *verifica dados* … 5 dias! Ah. Parecia menos.
Mas enfim, está na hora de vos apresentar mais jogos do programa ID@Xbox que, para relembrar, publica, publicita e/ou ajuda de alguma forma os criadores indies a trazer os seus projectos para as plataformas Xbox. Estes dias que passaram na azáfama da gamescom, tivemos o nosso Chapu a demonstrar o seu agrado com a experiência que teve com “Cult of the Lamb” no Café com Dummies! Sem dúvida o destaque deste grupo de indies. Ainda no nosso podcast, há 2 semanas, o Notle falou brevemente do curto jogo de puzzles “Roll The Cat”.
O Ulisses ainda foi visitar um dos muitos indies que parece querer trazer uma nova moda (os sapos), o João teve uma experiência única num jogo de plataformas sem plataformas, e eu andei a marcar minas. É só diversão!
Cult of the Lamb
por Roberto Santos
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Aventura, RPG
| Estúdio | Massive Monster
| Publicadora | Devolver Digital
| Preço | 24,99€
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– Ouve a opinião do Chapu no podcast Café com Dummies –
FROGUN
por Ulisses Domingues
| Plataformas | Xbox Series S|X, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Aventura, Familiar, Plataformas
| Estúdio | Molegato
| Publicadora | Top Hat Studios
| Preço | 14,99€
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Ao contrário do dissabor causado por títulos indies como “Mighty No. 9”, “Frogun” foi um kickstarter de aparente sucesso em parte pelo seu aspeto e jogabilidade retro, relembrando os bons tempos das (agora) velhinhas PlayStation e Nintendo 64. Contudo, admito que o maior chamariz provém do grafismo empregue sem filtros manhosos, este picando o meu sentimento nostálgico pelo especialíssimo “Mega Man Legends”. Fora uma premissa básica, esta um mero mecanismo para propulsionar o jogador, “Frogun” entrega, pela maior parte, uma aventura bem construída com recurso a uma engenhoca que serve como gancho, e com todos os elementos expectáveis de uma odisseia reminiscente do final dos anos noventa e início dos dois mil.
Vou mais além e digo que é uma aventura indie sempre a assapar! São, sensivelmente, sete a oito horas de conteúdo (mais ainda se gostares de desbloquear as trinta e uma proezas) por uma dezena de níveis, comparáveis com o “Captain Toad: Treasure Tracker” da Nintendo. Contudo, nem todos os elementos harmonizam-se entre si. “Frogun” luta contra si próprio em vários momentos devido a, ironicamente, problemas associados à época inspirada. Sempre senti que a perspetiva isométrica nunca encalhasse bem com a câmara para alterar a minha perspetiva na caça aos vários colecionáveis dispostos em cada nível. Apesar de momentaneamente divertido, “Frogun” sofre também de uma dificuldade desnecessária em parte dado a escassez de checkpoints que suavizem os erros cometidos, muitos deles por imprecisão de controlos a saltar ou às turras contra a câmara).
Existe ainda uma decisão que não se compreende quanto aos colecionáveis: quando a personagem morre todos os itens mudam de sítio, causando frustração quando muitas das mortes são injustas. Não obstante essas falhas, “Frogun” como um conceito resulta o suficiente caso estejas disponível a ignorar uma ou outra falha, abraçando de perto tudo o que um 3D platformer à antiga acarrete consigo. É uma aventura longa e repleta de charme por uma época há muito perdida até recentemente.
Roll The Cat
por Elton Alves
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e Nintendo Switch
| Género | Puzzle
| Estúdio | Ratalaika Games S.L.
| Publicadora | QUByte Interactive
| Preço | 4,99€
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– Ouve a opinião do Notle no podcast Café com Dummies –
Tilesweeper
por Catarina Ferreira
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One e PC
| Género | Puzzle
| Estúdio | IEVO
| Publicadora | IEVO
| Preço | 7,49€
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Aqui há largos anos, quando eu frequentava a faculdade, por vezes os jogos da Microsoft eram a minha distracção por palestras ou aulas onde os professores começavam a divagar sobre a sua vida. Com “Microsoft Solitaire Collection” e “Microsoft Minesweeper” era uma forma divertida de não distrair tanto que chumbasse, e ia fazendo alguns Achievements. Depois, saíram alguns jogos de Solitário, mas nunca um de minas. A IEVO decidiu presentear os fãs de Minesweeper com um novo jogo que replica o clássico conceito, enquanto introduz ligeiras mudanças visuais.
Efectivamente, não há grandes alterações a nível de jogabilidade. Mas não é que isso seja um problema para quem procura algo novo e familiar. Em vez duma tela branca aborrecida, temos templos distantes cheios de mosaicos que ouvimos partir a cada casa vazia. Tem um certo tom auditivo satisfatório, especialmente quando caem uns quantos de seguida. Os mapas também acabam por não ser tão simples quando rectângulos e quadrados, o que traz uma dinâmica muito ligeira à jogabilidade, sem a alterar de forma significativa. Os visuais estão muito bem conseguidos, e a música é relaxante. No entanto, nada é fácil em descobrir um campo minado, pelo que “Tilesweeper” é daqueles indies prontos para desafiar os fãs dos originais. Diria talvez que a única coisa que incomoda é um bug localizado num plano específico dum mapa, ou a impossibilidade de ver estes de cima de forma perpendicular. Por vezes, a experiência encontra uma protuberância quando se passa por cima de obstáculos provenientes da estética no próprio espaço.
Ynglet
por João Loureiro
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One e PC
| Género | Acção, Música, Plataformas
| Estúdio | Nifflas
| Publicadora | Triple Topping
| Preço | 4,99€
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“Ynglet”, publicado pela Triple Topping, é um jogo que assenta na exploração. Uma aventura criativa e visualmente tranquila, com boas energias e capacidade para agarrar os que gostam de um indie desafiante, bem como aqueles que não costumam apreciar algo do género. O jogo acompanha a jornada de uma criatura que parece uma medusa, e que mora com os seus amigos. É quando, certo dia, um cometa cai e destrói a casa dos seres pacíficos que habitavam aquele mundo, que outros maléficos se começam a espalhar. Através de estruturas gelatinosas que servem como saves, “Ynglet” é sobre desbravar locais para reunir amigos e voltar a dar uma esperança ao mundo. Ainda que curtinho, o título promete cativar com a sua jogabilidade suave e equilíbrio entre momentos tranquilos e complicados. Com um visual irreverente que estes jogos independentes se habituaram a trazer, só resta apreciar a aventura bonita e renovadora.
Vão pegar em algum destes indies? É cá uma fornada quentinha e gostosa… Consultem a lista da semana passada, a número 8!
Códigos foram providenciados pela equipa ID@Xbox.