ID@Dummies – Fornada nº14 de indies

Falhámos a semana passada mas voltamos com mais 5 indies trazidos até vós graças ao ID@Xbox. A review de “The Company Man” não é novidade, mas o Ulisses e a Soraia têm mais um conjunto de indies diferente para vocês.

Destaque para o contínuo apoio da INTI CREATES na plataforma Xbox; uma visita ao Japão; a dura realidade de viver na rua; e a diversão conseguida com um simples shoot em’up. São estes os indies que temos para vocês esta semana!


Azure Striker GUNVOLT 2

por Ulisses Domingues

| Plataformas | Nintendo 3DS, Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X|S e PC
| Género | Plataformas
| Estúdio | INTI CREATES
| Publicadora | INTI CREATES
| Preço | 17,99€
Site Oficial

Após o início da franquia esbanjar a sua eletrificante presença recentemente na Xbox, “Azure Striker Gunvolt 2” aparece como um segundo relâmpago (deja vu, Ulisses?) no ecossistema da Microsoft. Apesar de ser muito cedo para avaliar a receção do antecessor nestas consolas, fãs do género conseguem, certamente, apreciar esta vertente nipónica em clara ascensão (uma forte banda sonora J-Pop, idols e maids neste título). Não obstante, esta sequela apresenta-se quase idêntica ao primeiro Gunvolt, levando a vários difidentes formarem conclusões precipitadas. Contra mim falo, mas após dez horas consigo afirmar que “Azure Striker Gunvolt 2” é muito mais do que um aparente pacote de conteúdos adicionais. Aliás vou mais longe ainda: se terminaram recentemente o primeiro Gunvolt, sugiro que iniciem a sequela com a nova personagem principal.

Se permitem outra sugestão, com o vosso interesse em primeiro lugar, procurem “Azure Striker GUNVOLT 2” não por narrativa ou enredo, mas sim por pura e crua ação run-and-gun. Não estou a ser reles ou funesto, longe disso, mas a história contada consegue ser mais desinteressante que o antecessor, servindo como autêntico verbo de encher para avançar os níveis e pouco mais; aliás é até possível desligar o diálogo que vai aparecendo a meio do jogo! Porém é a jogabilidade, partilhada por dois protagonistas, que realmente leva a taça para casa. Embora o titular Gunvolt não fuja da mesma (muito boa) pastilha já mascada anteriormente, Copen introduz mecânicas vastamente diferentes com a estrutura dos níveis, apesar de pouco visualmente apelativos, a enaltecerem as capacidades de cada um. Considero esta última a verdadeira mestria da equipa Inti Creates, arquitetos digitais que conseguem transformar níveis em corredores divertidos e desafiantes, resultando numa jogabilidade explosiva do ponto A ao B.

Contudo, realisticamente, “Azure Striker GUNVOLT 2” tem pouco mais para oferecer senão o seu óbvio estatuto de sequela; é um daqueles casos raros onde mais do mesmo não é necessariamente mau. A introdução de Copen como personagem jogável é excelente e por si só razão satisfatória de compra, com tudo o resto (exceto o enredo) a ajudar à festa: a banda sonora, os bosses tresloucados em todos os aspetos e o conteúdo extra que prolonga um pouco mais a experiência. Aliás, é mais fácil recomendar esta sequela do que o antecessor, embora puristas possam querer passar pela experiência cronológica dos títulos.


Blind Fate: Edo no Yami

por Soraia Lobos

| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Aventura, Luta
| Estúdio | Troglobytes Games
| Publicadora | 101XP
| Preço | 24,99€
Site Oficial

Eis o que chama mais a atenção a este entre os indies: o seu visual! Vamos encontrar neste jogo desde cidades néon, até florestas densas e ruínas envoltas pela natureza. Admito que no início do jogo, como gamer que adora um bom stealth, acabei por ter receio de abordar os inimigos, e tentar esperar por uma oportunidade perfeita para acertar em cheio, mas ao longo do tempo fui ganhando novas habilidades cada vez mais poderosas e fiquei mais confiante nos combates. Mas os inimigos foram sempre desafiadores e por vezes até frustrantes. O jogo oferece uma boa variedade deles.

“Blind Fate: Edo no Yami” é situado no período Edo fictício, no qual o Japão foi arrasado por versões robóticas de criaturas do folclore japonês. Cabe a nós assumir o papel de um samurai ciborgue, Yami, cujas partes principais do corpo foram substituídas por robótica.

Apesar de parecer cativante, após umas horas de jogo admito que surgiu alguma monotonia no sistema de combate, em especial nos bosses super difíceis, em que nos obriga a passar um nível para poder viajar para o dojo (ao que acabei presa sem conseguir avançar apesar de ter a dificuldade fácil). O ambiente néon, cybrpunk e samurai; a banda sonora perfeita e uma história intrigante; um nosso protagonista que na realidade é cego e recebeu poderes especiais; tais características fazem de “Blind Fate” uma experiência desafiadora, pelo que pode ser uma boa aposta para quem quer uma boa história e um bom grind.


Hobo: Tough Life

por Soraia Lobos

| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, Nintendo Switch e PC
| Género | Aventura, RPG
| Estúdio | Perun Creative
| Publicadora | Perun Creative
| Preço | 24,99€
Site Oficial

Um simulador de mendigo com elementos de RPG, “Hobo: Tough Life” é um título desafiador em que podemos morrer de frio ou de fome a qualquer momento. Este entre os indies foi o jogo de sobrevivência mais difícil que alguma vez joguei. Os gráficos são ótimos e a banda sonora foi perfeita para o ambiente.

Já mencionei que é extremamente difícil? O que este jogo faz de forma magnifica é a simulação do desespero absoluto e chega por vezes até ser deprimente, honestamente. É uma luta pela sobrevivência, ser sem-abrigo, com perigos constantes desde fome, falta de higiene, doenças e até possibilidade de ser assaltado a qualquer momento e perder tudo. Posso admitir que acredito que este é um jogo que não é possível terminar, algo expectável em parte por se tratar de um jogo de sobrevivência. A chave de tudo é o dinheiro e a perseverança é o caminho para o sucesso!

“Hobo” vale muito a pena pela experiência única de sobrevivência. Senti que os desenvolvedores colocaram a sua alma e suor para torná-lo real e trazer aos jogadores um tema sensível e relevante.


Rick Henderson

por Ulisses Domingues

| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Shoot ‘em up
| Estúdio | Eastasiasoft Limited, Fat Pug Studio
| Publicadora | Eastasiasoft Limited
| Preço | 24,99€
Site Oficial

Surpreendendo todos os interessados, sensação dos indies “Rick Henderson” é um shoot ‘em up situado no espaço de boa qualidade. A Eastasiasoft tem por hábito misturar-se com estes videojogos peculiares, mas este é uma aposta certeira dentro do género para os fãs; barato e simples o suficiente para convidar a sensação de “só mais um jogo” para puristas que gostam de percorrer maratonas atrás das maiores pontuações. Para ser franco não existe tanto conteúdo assim (Standard Endless Mode, Hard Endless Mode e Boss Raid Mode) que justifique um ciclo vicioso, este então caracterizado pela jogabilidade sólida: boa locomoção da nave, bom feedback dos tiros da mesma e uma collision detection que faz inveja a outros tantos. É só isto e funciona. Não existe, por assim dizer, um enredo ou estória digna da tua atenção, mas sim um núcleo de ideias bem executadas.

Dentro de cada nível, estes relativamente simples para o efeito com ondas de inimigos que parecem não terminar (daí o nome Endless), existe uma componente engraçada sustentada por aleatoriedade que afeta os inimigos que aparecem à tua frente tentando, dentro do possível, manter a aventura sempre refrescante e ligeiramente diferente todas as vezes. O verdadeiro brilho de “Rick Henderson”, no entanto, encontra-se nas armas que cada nave (três à escolha) pode ter com os vários power-ups dentro de cada nível. Apesar de só existirem três armas principais, estas podem ser melhoradas até nove vezes por forma a parecer que estão disponíveis vinte e sete armas diferentes, oferecendo alguma diferenciação para combater a aparente falta de variedade.

No final de cada nível e após derrotar o boss, o elemento aleatório continua, escolhendo uma de quatro regalias para introduzir modificadores (como aumentar os pontos a troco de outros elementos) que alteram a experiência e facilitam ou dificultam o nível atual. Posto isto, “Rick Henderson” é dos shoot ‘em ups mais divertidos em memória recente com um estilo artístico bombástico que salta à vista, reforçado por uma jogabilidade divertida mas simples, convidando continuadamente a jogar só mais uma vez, várias vezes ao dia.


The Company Man

por Catarina Ferreira

| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Aventura, Plataformas
| Estúdio | Forust
| Publicadora | Leoful
| Preço | 19,99€
Site Oficial

“The Company Man” acabou por não marcar pela quantidade de coisas que simplesmente lhe faltam, como uma narrativa que sensibilize mais o jogador, e jogabilidade que seja mais entusiasmante. Mas talvez seja aquilo que muitas vítimas – trabalhadores – das empresas estão a precisar: de pegar num teclado e andar à marretada com toda a gente do escritório. Se for o caso, provavelmente esta será uma boa aposta, que ainda vem carregada de piadas e referências. Por exemplo, só ganhas o teu salário quando derrotas colegas de trabalho e chefes! Este jogo é feito para o trabalhador comum das grandes empresas que continuam a escravizar o ser humano.”

Lê a review completa em: https://dummies.pt/the-company-man-review/.


Qual o teu feedback deste conjunto de indies? Não te esqueças que podes verificar a anterior fornada de indies, número 13.

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