ID@Dummies – Fornada nº28 de indies

Temos estado ausentes, é verdade, mas temos muitos indies para vos dar a conhecer, vindos de todos os cantos do mundo passando pelas mãos dos jogadores com os mais variados gostos por aqui. Será que encontrarás entre estes indies algo que gostes? Veremos pela opinião do João, Soraia, Tiago, Paulo e Raimundo!

After Wave: Downfall

por João JOHNNY Xabregas

“After Wave: Downfall”, o mais recente jogo da 7 Raven Studios, tem um toque familiar, uma vez que se assemelha muito ao clássico jogo de arcade Space Harrier da era da SEGA. O jogo apresenta gráficos brilhantes e cartoonescos com um áudio que corresponde às expectativas. A jogabilidade do “After Wave: Downfall” também é bastante simples e familiar, com cada personagem a possuir a sua própria arma, inimigos e muitas munições; ao eliminares inimigos ganhas estrelas e drop-offs que vão carregando um medidor para desbloquear ataques mais poderosos. Os pontos acumulados durante o jogo desbloqueiam novas habilidades na árvore de habilidades das personagens, que estão divididas em categorias. Há também um elemento de roguelike em todo o processo, uma vez que tudo o que desbloquear nestas árvores de habilidades permanece desbloqueado.

Embora o jogo não tenha uma história impressionante, consegue criar um ambiente visualmente atractivo. Por vezes, o ecrã fica um pouco confuso com toda acção e alguns inimigos podem bloquear a visão, o que torna o jogo por vezes demasiado sobrecarregado. Os Achievements oferecidos parecem ter uma decisão de design estranha, já que todos eles podem ser desbloqueados nos primeiros vinte minutos do jogo, sem necessidade de jogar o jogo em dificuldades mais difíceis ou de jogar qualquer um dos modos extra, incluindo o modo cooperativo. Apesar de tudo, “After Wave: Downfall” parece ter aquela mística que faz com que se queira jogá-lo uma e outra vez. A capacidade do jogo para evocar uma sensação de nostalgia, juntamente com a sua jogabilidade, pode torná-lo agradável para os amantes de indies.

Animal Lover

por Soraia SUH Lobos

Um novo romance visual no grupo de indies Xbox que envolve animais? Estou a ler bem? À primeira vista o estilo de arte não é muito apelativo, e a história de ‘animalzinho transforma-se num homem bonito’ já é cliché em tantos contos infantis como a bela e o monstro, a princesa e o sapo, mas esta aventura oferece esse cliché de forma muito divertida! A nossa heroína principal vai tendo pequenas interações com vários possíveis romances, sendo que cabe a nós apenas escolher algumas opções, ao que obtemos as diferentes cenas e finais com uma mini revelação bem no fim do jogo. Cada personagem tem uma personalidade única e as interações ao longo do jogos foram para mim muito engraçadas, com vários momentos de humor. O que brilha neste jogo são mesmo as personagens, que apesar do design brilham pela suas diferentes personalidades, origens e diálogos que fazem com que “Animal Lover” se destaque. Eles são deveras tão parvos, fofos engraçados e amorosos! Um jogo que vale a pena explorar para os fãs deste género!

Arcadia Fallen

por Soraia SUH Lobos

Mais um dos indies do grupo dos romances visuais que veio surpreender pela sua história divertida e original. Nesta aventura, entramos na pele de um jovem aprendiz de alquimista que se vê envolvido num conflito entre a humanidade e a magia. Eis que devemos juntar-nos e formar um grupo de heróis para salvar o mundo e claro criar alguns laços ao longo do caminho. “Arcadia Fallen” permite que possamos ser nós próprios, escolher todos os romances que quisermos, a forma como resolver os problemas e qual a direção que queremos tomar de forma a influenciar o nosso futuro. Cada opção de romance foi único e genuinamente adorável em todos os sentidos ao que nos deparamos com muitos ‘awww moments‘. A única coisa menos divertida no jogo é alguns dos puzzles para preparar poções que se tornam um pouco repetitivos. A arte e áudio são excelentes, inclusive permite que possamos personalizar a nossa personagem, algo que se destaca positivamente de entre estes jogos. Neste jogo, temos romances lentos, amizades e muitos finais para experimentar pelo que recomendo a todos os fãs deste género.

Death or Treat

por Tiago OVER Ruão

A colocar debaixo de olho!

– Ouve a opinião do Over no stream do Twitch –

Herodes

por Raimundo KRONOS Moura

Num futuro não muito distante, uma nova doença apareceu e apanhou o mundo da medicina de surpresa. Depois de todos os testes e mais alguns não era possível erradicar este novo vírus, no entanto a tecnologia evoluiu de tal modo que a nossa melhor hipótese é injectar o paciente com uma nano nave “espacial” tripulada por um humano e disparar contra tudo o que é extraordinário ao nosso corpo.
Isso mesmo, Herodes traz a nostalgia deste tipo de sidecrolling shoot’em ups, de um modo bastante frenético e mais claustrofóbico que o normal, visto que o cenário é o interior de o corpo humano.
Nesta mistura de “A Carrinha Mágica” e Space Impact, conseguimos ver um conceito interessante em termos de história mantendo uma jogabilidade clássica deste tipo de jogos, com pequenos twists.
Os visuais são coloridos e garridos, no entanto, o contraste um pouco esquisito das cores pode causar alguma dificuldade em distinguir os projécteis inimigos que vêm na nossa direcção. A banda sonora é alusiva ao tema, mas o facto de o volume estar um bocado díspar há situações em que o som está muito baixo comparativamente com outros, seja na música ou entre outros efeitos de som.
A jogabilidade é muito simples, com alguma fluidez e tem até uma particularidade que deveria ser mais comum neste estilo de indies. Ao carregar num dos gatilhos, a nave inverte o sentido e podemos disparar para o sentido contrário.
Embora possa parecer um pouco frustrante ao controlar a nave por ainda estar com as estatísticas muito básicas, no decorrer do jogo, podem desbloquear alguns upgrades a nível de velocidade, resistência e dano causado usando Genoma como moeda de troca. Vão também desbloquear diferentes poderes especiais e mais quatro skins para a nave.
Cada parte do corpo onde se passa a acção põe um diferente desafio ao jogador, como por exemplo, nos pulmões existe tempo a delimitar o nível, no coração não se pode disparar para as paredes que aparecem fazendo parte do cenário, e o cérebro é um nível de destreza a conduzir. Isto tudo faz com que o jogo não seja tão cansativo e aborrecido, como no início aparentava ser.
No geral, a ideia é interessante e executada de uma maneira aceitável e bastante simples, é um pouco frustrante mas os comandos são simples e fluídos o suficiente para não culpabilizarmos unicamente o jogo. Os visuais são apropriados mas poderiam ser melhor apresentados. Em resumo, embora seja algo aceitável existem muito mais indies deste género que merecem muito mais atenção.

LumbearJack

por João JOHNNY Xabregas

Algo que alguns dos inúmeros jogos indies disponíveis no mercado tentam fazer é tentar incorporar algum tipo de mensagem, e “LumbearJack” é um desses poucos que o faz. O enredo do jogo centra-se em torno de um urso chamado Jack, que se predispõem a lutar contra o gigante industrial Evil Works, que está a destruir a paisagem natural. Com a ajuda dos seus amigos animais, Jack propõe-se a destruir todos os vestígios da empresa, utilizando o seu machado de confiança e outras ferramentas de forma a remover detritos e vestígios da Evil Works de cada uma das áreas e assim permitir o regresso da natureza. O jogo inclui também cutscenes engraçados com a equipa animal, que superam os humanos e os conquistam para a sua causa ambiental.

O jogo é simples e repetitivo, mas a sua narrativa eficaz e mensagem positiva tornam-no agradável para os jogadores de todas as idades. O título também tem uma parceria com a Ecologi, que planta uma árvore por cada compra do jogo como parte dos seus esforços para a reflorestação do planeta. Apesar da sua simplicidade e boas intenções, a curta duração do tempo de jogo e o preço ligeiramente elevado podem afastar alguns de o adquirirem. No entanto, “LumbearJack” é uma forma encantadora de passar algumas horas, mesmo que não seja um desafio, tendo ainda a vantagem que acaba por ser um bom jogo para os Achivements Hunters que pretendam adicionar mais um jogo ao seu catálogo de jogos onde completaram todos os Achievements.

Ravenlok

por Tiago OVER Ruão

A colocar debaixo de olho!
– Ouve a opinião do Over no stream do Twitch –

Speedway Racing

por Paulo RUFOX Pereira

“Speedway Racing” trata-se de um jogo de corridas estilo NASCAR, muito primitivo. Temos quatro modos de jogo sendo que podemos jogar o modo Arcada, Championship, Time Trial ou contrarrelógio e multiplayer local com até 4 amigos.

O modo arcada proporciona-nos umas experiência básica com mistura entre um jogo de corridas e aqueles antigos jogos de corrida das máquinas de arcada nos salões, apenas desta vez num circuito Nascar. Temos tempo para terminar e cada volta que terminamos ganhamos segundos extra para terminar a corrida. Assim que terminamos uma corrida desbloqueamos carros. Este jogo incluí um total de 10 carros e 6 circuitos, sendo que cada carro será mais forte num circuito do que no outro devido a todos os carros terem atributos e uns serem mais fortes em velocidade quando outros são mais fortes a curvar por exemplo.

O modo Championship inclui duas taças jogavéis, a West Cup e a East Cup, cada uma com 3 circuitos jogáveis. O modo Time Trial será, como diz o nome, apenas um contrarrelógio para testar os teus tempos nos circuitos.

Apesar de um jogo muito básico e sem grandes mecânicas de manobragem do carro, é um jogo extremamente divertido e que ainda consegues juntar até quatro amigos localmente e fazerem umas corridinhas juntos em split-screen.

“Speedway Racing” de forma geral é um jogo de corridas arcada com jogabilidade muito básica mas capaz de te entreter por umas boas horas, sozinho ou acompanhado de até quatro amigos. O preço do jogo é bastante baixo o que só por si já joga a favor do mesmo. Diverte-te!

Spidersaurs

por João JOHNNY Xabregas

O que acontece quando uma empresa de biotecnologia se põe a criar uma forma de acabar com a fome no mundo ao criar uma forma de abastecimento de comida? A resposta é Spidersaurus, uns híbridos de dinossauros e aranhas que acidentalmente acabam a solta e a espalhar o caos, e cabe-te a ti salvar o dia. “Spidersaurs” é um jogo de plataformas que te oferece uma experiência curta, mas desafiante. O jogo começa com um cutscene nostálgica que estabelece o cenário para um mundo onde os híbridos de dinossauro-aranha estão à solta, e dois “taste testers” são encarregues de salvar o dia.

À medida que avanças nos níveis, ganhas novas habilidades, derrotando chefes e recolhendo os seus restos mortais. Enquanto os controlos do jogo possam por vezes ser um pouco incertos, o artstyle detalhados das criaturas e a banda sonora energética acabam por acrescentar valor ao tema e à atmosfera geral do jogo. Infelizmente o jogo oferece pouco de ‘replayabilidade‘, mesmo com os modos extras de Arcade e Speedrun que são desbloqueados depois de terminares a campanha principal do jogo.

Embora Spidersaurus ofereça uma acção de plataforma relativamente sólida, que apesar da sua curta experiência acaba por ser desafiante para os amantes de jogos indies que procurem algo para por a prova as suas habilidades de luta contra as terríveis criaturas geneticamente manipuladas.

The Psychoduck

por João JOHNNY Xabregas

Já alguma vez sonharam como seria vestir a pele de um pato mentalmente instável? Pois bem então se gostas de jogos de stealth com elementos de puzzles e de encarnar as personagens mais sem nexo que possas imaginar certamente “The Psychoduck”, desenvolvido pela Nibb Games e publicado pela Ratalaika Games, é capaz de ser o que procuras. Neste jogo assumirás o controlo de um pato mentalmente instável e armado com nada mais que um punhal, que andará em alvoroço a roubar coroas a garças ao mesmo tempo que tentas evitar ser detectado pelos guardas. O jogo é composto por 50 níveis, onde a dificuldade dos mesmos vai crescendo a cada nível que passa ao serem adicionados mais guardas e pedras amovíveis que terás de usar de forma a chegar ao teu alvo. E embora a jogabilidade vá melhorando com a adição destes elementos extras, os ambientes simplistas e a sua jogabilidade repetitiva podem acabar pode ser um pouco entediante e pouco motivante para jogares durante longos períodos de tempo.

“The Psychoduck” não é propriamente um título terrível, mas também não se destaca em nenhuma área em específico e requer tanto sorte como habilidade para seres bem-sucedido. Embora a natureza enigmática do jogo se torne mais complexa a cada nível, pode não ser suficiente para te manter envolvidos por muito tempo, especialmente pelo facto de que todos os Achievements são possíveis de ser adquiridos antes de chegares ao fim dos 50 níveis do jogo. De modo geral, “The Psychoduck” acaba por ser um jogo que pode não atrair o interesse e investimento de muitos, a menos que seja um fã hardcore de jogos indies e/ou procures um jogo que te permita dar um boost ao teu Gamerscore sem teres muito trabalho para tal

Então, são indies interessantes ou não? Recorda a fornada de indies número 27!

Códigos indies foram providenciados pela equipa ID@Xbox.

By Catarina Ferreira

Artista, idealista, aspirante a concept artist. Apaixonou-se por “Halo”, depois pela Xbox e fundou os 'Xbox PT Dummies'.

ID@Dummies – Fornada nº28 de indies

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por Tiago OVER Ruão

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por João JOHNNY Xabregas

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por Paulo RUFOX Pereira

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