ID@Dummies – Fornada nº27 de indies

Alguém tem aí alternativas ao café? Dava-me jeito. Talvez com estes indies todos comece a acordar um pouco. Temos muita acção e plataformas esta semana!


Firegirl: Hack ‘n Splash Rescue DX

por João Xabregas

| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Aventura, Plataformas
| Estúdio | Dejima
| Publicadora | Thunderful Publishing AB
| Preço | 17,99€
Site Oficial

“Firegirl: Hack ‘n Splash Rescue DX” é um jogo de combate a incêndios que traz toda a acção de machadadas, salvamentos, e disparos com mangueiras que os jogadores desejariam num jogo sobre ser um bombeiro. A tua carreira começa no papel de bombeira voluntária dentro do quartel local, que se encontra degradado e a precisar de financiamento. Ao realizar salvamentos nos edifícios em chamas que servem de cenário ao jogo, poderás gerar fundos e atrair voluntários para ajudar, e ambos podem ser utilizados para reabilitar e abrir novas zonas dentro do próprio quartel, os fundos que vais ganhando podem também ser utilizados para fazer upgrades ao teu equipamento pessoal. Com o avançar do jogo irás ter acesso também a cenários de florestas, comboios, e a astuciosamente chamada Praça Nekatomi.

Apesar da mecânica do jogo ser relativamente simples de se aprender, o tutorial falha um pouco ao não incluir informação sobre alguns pontos importantes do jogo, nomeadamente o mecanismo de risco-recompensa em jogo e que a missão será considerada infrutífera caso não sejam resgatados os sobreviventes necessários. Mas apesar de tudo, “Firegirl: Hack ‘n Splash Rescue DX” acaba por ser um bom jogo que conta com um sistema de controlo intuitivo quer para o machado quer para o controlo da mangueira.

O título tem ainda a sensatez de animar os fogos, transformando-os em monstros que precisam de ser removidos de forma a se poder prosseguir caminho. No entanto, o jetpack que é dado à Firegirl logo no início do jogo pode ser um bocado complicado de dominar, especialmente no início do jogo, e se deixares a pressão cair ou parar, é quase impossível de corrigir e recuperar de uma queda que te pode levar ao insucesso da missão, embora se torne menos problemáticos apos alguns upgrades. De uma forma geral, Firegirl: Hack ‘n Splash Rescue DX é um jogo único de combate a incêndios que os amantes de jogos indies certamente vão adorar.


Gloom and Doom

por Soraia Lobos

| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Aventura, Romance Visual
| Estúdio | Neo Tegoel Games
| Publicadora | Viridian Software
| Preço | 34,99€
Site Oficial

Mais um romance visual chega as nossas mãos no meio de tantos indies. Esta é a história sobre o reencontro entre um poderoso anjo da morte e uma jovem com poderes sobrenaturais que podem trazer a destruição do mundo. Mas nem tudo é o que parece! Ao longo deste jogo vamos fazendo escolhas , como é comum no género, mas este jogo combina o humor dos anos 90 e referências da cultura pop, o que é um dos pontos mais altos desta aventura. A arte é interessante, por vezes a história ficou um tanto sombria e pesada, devido a tópicos como morte e suicídio. Sem dar spoilers, esta história foca-se nos aspectos mentais das pessoas ao serem postas em diferentes situações. Isto faz com que as escolhas sejam levadas ainda mais a sério em comparação com outros jogos. Recomendo este jogo a pessoas que procuram experimentar um romance visual lento e aproveitar uma história com muito suspense.


GUNBIRD

por João Xabregas

| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch, PC e iOS
| Género | Acção, Shooter
| Estúdio | Zerodiv, City Connection
| Publicadora | City Connection
| Preço | 8,99€
Sem Site

Se és do tempo das velhas máquinas de arcade, certamente que “GUNBIRD” não te vai parecer muito estranho, visto que se trata de um jogo clássico de shoot-‘em-up da Psikyo, e que proporciona uma pausa refrescante de outros jogos do estúdio que carecem de imaginação e variedade. O jogo segue o modelo clássico da Psikyo onde ao iniciar o jogo escolhes um nível de dificuldade, uma das personagens disponíveis para jogar e arrancando assim para o início da tua aventura por oito níveis de scrolling vertical. Ao longo do percurso, encontrarás vários inimigos mais simples de eliminar antes de pores as tuas habilidades a prova contra mini-bosses e bosses, auxiliado pelos power-ups e as bombas que vão surgindo e sendo deixados pelo inimigos que derrotas.

“GUNBIRD” acaba por agradável porque reconhece que a relação com o jogo é fugaz e torna os procedimentos tão bombásticos e idiotas quanto possível. O jogo oferece heróis fantásticos que não estariam deslocados num Darkstalkers para os derrotar. E aos escolheres um destes heróis para completar a tua campanha através de vários locais interessantes, incluindo florestas, templos, castelos, e aviões interdimensionais, terás também direito a finais diferentes consoante a personagem que decidas utilizar, criando assim um desejo de uma e outra vez para ver o que mais poderia acontecer.

É um dos indies que tem as suas falhas é certo, mas a maioria delas estão dentro do modelo Psikyo, tais como a falta de variedade nos níveis e nas capacidades das personagens. No entanto apesar de tudo isso, GUNBIRD não deixa de ser um jogo emocionante e agradável com personagens únicas, locais interessantes, e divertidos textos que encorajam a sua repetição. É uma mudança refrescante em relação a outros jogos Psikyo que carecem de imaginação e variedade.


Hell Pie

por João Xabregas

| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch, e PC
| Género | Acção, Aventura, Plataforma
| Estúdio | Headup GmbH
| Publicadora | Sluggerfly GmbH
| Preço | 24,99€
Site Oficial

O mais recente jogo de plataformas 3D dos criadores indies Sluggerfly chama-se “Hell Pie”. É um jogo grotesco e invulgar que tem sido descrito como levando o mau gosto para o próximo nível. Em “Hell Pie”, assumes o papel de Nate, o demónio do mau gosto, a quem é incumbida a tarefa de reunir os ingredientes para a tarte de aniversário do próprio Diabo. O jogo tem algumas mecânicas interessantes, incluindo um gancho de garra sob a forma de um querubim chamado Nugget e diferentes conjuntos de chifres que dão novas habilidades a Nate. A mecânica de travessia e exploração do jogo é sólida, mas o combate acaba por carecer de alguma variedade.

Apesar do humor invulgar do jogo, “Hell Pie” tem uma história que, embora não seja particularmente forte, é um esforço que vale a pena respeitar. Os gráficos estão firmemente no extremo grosseiro do espectro, mas a apresentação geral do jogo está bem feita, incluindo a nível sonoro. O aspecto da exploração é gratificante, pois há muitos objectos coleccionáveis escondidos à volta dos vários mundos do jogo.

“Hell Pie” é um jogo competente que vale a pena jogar, apesar da sua obscenidade. A mecânica única do jogo, particularmente a mecânica do movimento, faz com que se destaque de outros jogos de plataforma 3D. Enquanto no combate falta alguma variedade, o aspecto de exploração do jogo é bastante gratificante.


Hillbilly Doomsday

por João Xabregas

| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e Nintendo Switch
| Género | Acção, Aventura, Plataforma
| Estúdio | Uncle Frost Team
| Publicadora | Sometimes You
| Preço | 4,99€
Site Oficial

“Hillbilly Doomsday” é um jogo tradicional de plataforma de acção onde assumes o papel de Uncle Billy enquanto tentas salvar o mundo da invasão de uma aliança de zombies e aliens. O jogo apresenta as características básicas da maioria dos jogos indies, artstyle pixelixado, níveis 2D lineares, e combate sem complicações onde podes ainda actualizar o teu poder de combate através da compra de novas armas. O jogo é agradável, mas, em última análise, pouco atraente devido à repetibilidade dos níveis e à falta de desafios.

Em “Hillbilly Doomsday”, poderás completar seis mundos, cada um dividido em sete ou oito níveis, em locais diferentes como pântanos, arranha-céus, grutas, e até mesmo o interior de um monstro gigante. Contudo, o jogo torna-se menos interessante à medida que vais avançando pelos diversos níveis, e com os níveis finais a sentirem-se como uma versão de identikit dos anteriores. Os bosses do jogo são também decepcionantes e não conseguem fornecer o desafio necessário.

Apesar das suas falhas, “Hillbilly Doomsday” continua a ser um jogo agradável para aqueles que procuram uma experiência tradicional de plataforma de acção com combate sem complicações. No entanto, aqueles que procuram um jogo mais desafiante podem achá-lo pouco atraente.


Consulta a nossa lista anterior, a fornada de indies número 26!

Códigos indies foram providenciados pela equipa ID@Xbox.

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