ID@Dummies – Fornada nº13 de indies

Está na hora de distribuir comida de rua, comandar um pequeno exército de Tinykins, conhecer mais um RPG da KEMCO, destruir cidades e dar mais uns tirinhos nestes cinco indies que estivemos a experimentar nos últimos dias.

São trazidos desta vez pelo Ulisses, Soraia, Elton (e por mim). A maioria parece ser até recomendada. Será que encontras aqui as tuas próximas pérolas indies? Vamos ver!


Food Truck Tycoon

por Catarina Ferreira

| Plataformas | Android, Xbox Series X|S, Xbox One e Nintendo Switch e PC
| Género | Desafios, Simulação
| Estúdio | Baltoro Games
| Publicadora | Baltoro Games
| Preço | 4,99€
Site Oficial

Se como eu passaste horas nos inúmeros jogos de Diner Dash, Stand O’Food, Cake Mania ou Delicious na tua pré-adolescência, então “Food Truck Tycoon” deverá aguçar um pouco o apetite. E fica-se mesmo pelo pouco. Apesar de ser sólido, efectivamente não passa de nada por aí além, sem apresentar grande desafio. Pode, aliás, ser terminado (conquistas e tudo) rapidamente. Oferece diversos níveis que acabam por servir o mesmo prato do dia sem grandes mudanças, apenas com um novo elemento aqui e ali, e a possibilidade de ir ganhando dinheiro para comprar upgrades e ir renovando o espaço.

Pelo preço, diria que é um bom petisco para adoçar a boca durante umas horas, a servir clientela esfomeada e a relembrar os velhos tempos de stress de qualquer uma das séries de jogos mencionadas.


Gale of Windoria

por Ulisses Domingues

| Plataformas | Android, iOS, Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Aventura, RPG
| Estúdio | Hit-Point
| Publicadora | KEMCO
| Preço | 14,99€
Site Oficial

A KEMCO não é uma empresa indie portuguesa, mas se fosse com certeza que o lema seria “mais uma moedinha, mais uma voltinha”. Durante anos a fio, a editora colou a sua imagem a videojogos fortemente inspirados no RPG Maker, uma decisão que, apesar de marcar pela diferença, possa não ser a mais sensata dado à qualidade dos mesmos. Opiniões pessoais de parte e admitindo que estou a ser um pouco mauzinho, a KEMCO tem refinado uma ou outra jóia do Nilo neste deserto de JRPGs: “Blacksmith of the Sand Kingdom”, “Raging Loop” (Visual Novel) , “Dragon Sinker” e outros são prova que a editora consegue financiar qualidade. “Gale of Windoria” não é uma miragem e apresenta-se como mais um que merece a tua atenção.

Considero o enredo principal deste indie entusiasmante o suficiente ser jogado do início ao fim, apesar de alguns problemas narrativos como padding na história. São algumas as sequências que nada adicionam à trama, prolongando a longevidade do título sem necessidade. Os visuais, por outro lado, são distintamente retro, mas criminosamente parecidos às tantas outras ofertas no cardápio da KEMCO. Se já viste um RPG de RPG Maker, então já viste todos os outros. Contudo, também admito que o estilo artístico empregue é divertido a ponto de se destacar por alguma originalidade.

É o combate, no entanto, pelo qual o indie “Gale of Windoria” mais se destaca. Durante as batalhas as personagens dispõem de simples ataques e habilidades especiais, mas não é possível utilizar itens conforme outros JRPG convencionais. Para isso são equipados Quartzes, objetos ligados ao enredo que proporcionam mais habilidades, tanto ativas ou passivas, como ataques de um elemento natural, poderes de cura e outros! Cada personagem pode ter até cinco destas peças místicas, radicalmente transformando as batalhas em situações mais táticas. É graças a este sistema algo inovador que é mais fácil recomendar “Gale of Windoria”. Porém, se não fores fã do tipo de JRPG em questão, então não existem outros argumentos que façam mudar-te de ideias.


Gigapocalypse

por Ulisses Domingues

| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Shooter
| Estúdio | Goody Gameworks
| Publicadora | Headup GmbH
| Preço | 9,99€
Site Oficial

Caso sejas um amante de “Rampage” (para os fãs mais retro) e de violência desmedida pixelizada, então a próxima oferta indie de ID@XBOX vai ao encontro dos teus gostos: “Gigapocalypse”, um título divertido e barato desenvolvido pela Goody Gameworks com foco em ação arcade devido à sua destruição simples mas incessante, e um claro elemento Tamagotchi misturado pelo meio do qual nunca teriam previsto! Aliado a isto encontra-se, claro, um amor e homenagem ao muito badalado estilo cinematográfico Kaiju e subsequentes filmes do Godzilla.

“Gigapocalypse” é, na verdade, um videojogo em duas partes a nível da jogabilidade, muito por causa do suprareferido. Por um lado, dispomos da vertente arcade, uma aventura sidescroller onde controlamos a locomoção e ataques do nosso Kaiju até ao final do nível, destruindo tudo e todos pelo caminho. Esta é uma componente divertida, mas rapidamente repetitiva pois, fora as habilidades especiais adquiridas ao longo da aventura, é um caso de “gira o disco e toca o mesmo”. Por outro, existe a componente Tamagotchi, e esta lida com as necessidades emocionais e fisiológicas do bichinho. Aqui passamos a outra parte do tempo para conseguir melhorar as suas capacidades para a destruição anteriormente referida ser mais efetiva.

Posto isto, “Gigapocalypse” não é de todo um jogo para estar horas a fio no vício, mas sim em curtos impulsos de dez a quinze minutos. Desta forma, o combate repetitivo não torna a aventura tão monótona, mas sim muito mais divertida e apreciável. Vale também pelas cores vivas da excelente direção artística e pela aparente longevidade com os vários Kaiju que podes domar. Pelo preço simpático e pelo conceito refrescante, consegue ser uma recomendação mais fácil que outras tantas.


Severed Steel

por Soraia Lobos

| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, FPS
| Estúdio | Greylock Studio / Kittehface
| Publicadora | Digerati
| Preço | 24,99€
Site Oficial

Um fast paced shooter, algo diferente dos últimos indies altamente focados em narrativa que tenho tido prazer de experienciar. O que falta em narrativa, “Severed Steel” compensa no departamento de jogabilidade. Este é rápido, frenético, vibrante e divertido. A nossa heroína, Steel, é uma máquina de matar. Ela pode deslizar, correr nas paredes e saltar da maioria das superfícies para eliminar tudo e todos e subir de nível. Ao jogarmos, sentimos a influência de “Ghostrunner”, ao navegar por layouts de nível semelhantes a Tron, bem como de “SUPERHOT,” pela experiência frenética de shooter. Este é um dos indies que mata aquele bichinho de nos esquivarmos dos inimigos e disparar mesmo em cheio! Recomendo a todos aqueles que, como eu, ao fim de uma dia cheio de trabalho querem só matar uns inimigos da forma mais épica possível e libertar stress.


Tinykin

por Elton Alves

| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Aventura, RPG
| Estúdio | Splashteam
| Publicadora | tinyBuild
| Preço | 24,99€
Site Oficial

Talvez valha a pena colocarem este debaixo de olho.

– Ouve a opinião do Notle no podcast Café com Dummies –


Vá lá, certamente que algum destes indies te chamou a atenção, não? Entretanto, se falhaste a lista de da semana passada, podes consultá-la na fornada de indies número 12.

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