A Microsoft está num processo longo de compra da Activision Blizzard e todas as suas propriedades, pelo valor de 68.7 mil milhões de dólares americanos. Esta aquisição foi anunciada em Janeiro, e está a ser analisada por entidades competentes pelo mundo inteiro. É algo que acontece com todas as compras que tenham impacto a nível internacional, para garantir que não é criado um monopólio e que continue a existir competição.
Após algumas declarações polémicas por parte da Microsoft e Sony no Brasil, a última novidade refere-se às alegadas preocupações das autoridades de competição do Reino Unido, a CMA (Competition and Markets Authority).
Não há motivos para acreditar que a compra não seja aprovada por mercados como os EUA, União Europeia ou Reino Unido, mas é sempre interessante analisar detalhes dum processo tão grande, a maior compra da Microsoft.
Por um lado, a CMA afirma querer analisar esta compra de forma cuidada, enquanto a Microsoft assegura, uma vez mais, que não há motivos para preocupações. A comunidade e indústria gaming acham estas declarações das autoridades estranhas, dado que a Microsoft já confirmou, por várias vezes, que franchises como Call of Duty, Diablo ou World of Warcraft continuarão a ser jogáveis no maior número possível de plataformas.
A CMA está preocupada que ter controlo completo deste poderoso catálogo, especialmente à luz da já forte posição da Microsoft nas consolas de jogos, sistemas operativos, e infraestrutura em nuvem, possa resultar na Microsoft prejudicar consumidores ao impedir a capacidade da Sony — o maior rival gaming da Microsoft — competir, bem como outros rivais existentes e potenciais novos participantes.
CMA, Tópico 24, Página 5, Fase 1 do processo “Anticipated acquisition by Microsoft
Corporation of Activision Blizzard, Inc.”
O Presidente da Microsoft, Brad Smith, terá afirmado que estão prontos para trabalhar com a CMA, refere Sony como “líder da indústria”, e relembra que a empresa americana quer que as pessoas tenham “mais acesso aos jogos, não menos”.
O CEO da Microsoft Gaming, Phil Spencer, também já lançou um comunicado. O chefe da Xbox frisou várias vezes a palavra “escolha”, e a sua importância tanto para jogadores, como criadores e a própria empresa.
Estamos a expandir escolha em duas formas: através da criação do Game Pass, que dá aos jogadores uma opção de subscrição; e ao trazer mais jogos para plataformas móveis, incluindo através da nossa tecnologia de streaming de jogos na nuvem.
Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming
Spencer acrescentou também que a Microsoft planeia trazer a biblioteca de jogos da Activision Blizzard, incluindo Overwatch, Diablo e Call of Duty, ao catálogo do Xbox Game Pass. E que estão comprometidos a trazer CoD tanto à Xbox como à PlayStation no dia de lançamento.
