ID@Dummies – Fornada nº6 de indies

É terça-feira (yeah!). Há indies a semana inteira. (yeah!) O backlog está a aumentar. Alguém me arranje indies bons bons bons bons, já já já já.

E é para isso que aqui estamos! Bom, ou tentamos. Há aqui alguns na lista que até doem. Acho que nunca vi o Ulisses a escrever de forma tão dolorosa. O culpado? “DreadOut 2”. Já o Tiago, entre uns 10 indies que escolheu até hoje, não aguentou muito o “Autobahn Police Simulator 3”. Ouch! Por vezes os indies têm disto (embora os AAAs nunca se safem propriamente do falhanço).

Mas o resto do pessoal parece ter algo positivo a dizer de “Baldur’s Gate: Dark Alliance II”, “JANITOR BLEEDS” e “Spacelines From The Far Out”. Será que estes indies valem a pena? Bom, cabe a ti, no fundo, julgar!


Autobahn Police Simulator 3

por Tiago Ruão

| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC
| Género | Simulação
| Estúdio | Z-Software
| Publicadora | Aerosoft GmbH
| Preço | 29,99€
Site Oficial

Entre vários indies, peguei num simulador de polícias, baseado nas auto-estradas da Alemanha conhecidas como autobahn, onde a maioria dos veículos não tem limite de velocidade. Acordas depois dum acidente que tiveste (e onde quase morreste), provocado por um grupo de criminosos. O teu trabalho é fiscalizar carros e tentar apanhar os culpados.

Este jogo que parecia ter tudo para ser interessante, na verdade é muito penoso de se jogar, desde o enredo, jogabilidade e problemas de framerate. “Autobahn Police Simulator 3” supostamente é vendido como terminado, mas na verdade a autobanh está incompleta e faz com que caias num abismo sem fim e tenhas de fazer load ao jogo novamente.

O que se safa um pouco é o trabalho de polícia de trânsito, mas perde-se logo a vontade de jogar. Entregar jogos desta maneira só faz com que sejam mal vistos…


Baldur’s Gate: Dark Alliance II

por Ulisses Domingues

| Plataformas | Nintendo Switch, PlayStation 2, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox, Xbox One, Xbox Series X|S e PC
| Género | Hack and Slash, RPG
| Estúdio | Black Isle Studios
| Publicadora | Interplay Entertainment
| Preço | 29,99€
Site Oficial

“Baldur’s Gate: Dark Alliance II” nas atuais consolas Xbox é um port moderno de um dos meus títulos favoritos na PlayStation 2/Xbox do ano de 2004. Um hack-and-slash RPG de ação com uma perspetiva personalizável, mas isométrica em natureza. Os mais distraídos não darão conta, mas fãs instantaneamente reconhecerão que “Dark Alliance II” estabelece-se no mundo fictício Forgotten Realms de Dungeons & Dragons, com a jogabilidade focada nas regras da terceira edição do mesmo nome. Apesar da saga Dark Alliance ser apelidada pelos fãs como “Dungeons & Dragons” para malta que não gosta de RPGs (por esta ser mais focada em ação do que RPG) é importante afirmar que existe alguma personalização por via da distribuição de pontos em habilidades e outras estatísticas passivas. Na altura em que saiu provou ser divertido, linear e simples para a época, mas esta versão tem mais que se lhe diga.

Contudo vou ser honesto: ainda não joguei muito tempo. Não por falta de vontade, mas sim porque, neste momento, “Baldur’s Gate: Dark Alliance II” encontra-se repleto de erros técnicos e gráficos na versão da Xbox (problemas com texturas, crashes ocasionais, inimigos que por vezes não morrem, etc.) Quero acreditar que o título foi testado antes de ser comercializado, mas não parece ter sido esse o caso. Não obstante esses problemas, a Interplay está a pedir 29.99€ por um videojogo com quase vinte anos, onde as melhorias encontram-se a um maior nível de resolução dentro da aventura, taxa de fotogramas mais alta, tempos de carregamento quase inexistentes e pouco mais. Tudo o resto continua inalterado, para o bem e para o mal (até rimei!).

Na eventualidade de todas as questões supracitadas forem resolvidas, “Baldur’s Gate: Dark Alliance II” apresenta cinco personagens jogáveis, cada uma com um estilo de jogo distinto muito à lá “Diablo”; aliás muito do progresso pode ser classificado como um “Diablo” à antiga sem os avanços marcados por títulos congéneres modernos (cada nível linear é longo demais e labiríntico, repleto de simples demandas como “mata X e recolhe Y”). Mas pelo menos traz consigo a funcionalidade de jogar com alguém lado-a-lado, algo quase extinto nos dias que correm. Posto isso, é algo difícil recomendar a compra, especialmente a este preço. Mas se tens curiosidade de saber como eram RPGs de ação há quase vinte anos atrás, tens dinheiro posto de parte e um amigo a quem chamar para ser o teu jogador #2, então pode ser que retires algum proveito. Talvez.


DreadOut 2

por Ulisses Domingues

| Plataformas | PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC
| Género | Terror
| Estúdio | Digital Happiness e Kittehface
| Publicadora | Digerati
| Preço | 19,99€
Site Oficial

Como um fanático mais casual de terror (o meu filme favorito de sempre é “Alien” (79’) de Ridley Scott) e um ávido fã das propriedades “Silent Hill”, “Siren” e “Evil Within”, entrei a pés juntos para analisar “DreadOut 2”. Como todo o crítico profissional, antes de aceitar seja o que for, efetuei uma leve pesquisa: aventura em terceira pessoa reminiscente de “Fatal Frame”, survival horror como género, horror indonésio e paranormal; tanto elemento mesclado que gritava a indie obscuro de sucesso recaindo no deleite confortável dos meus gostos pessoais. Não obstante as suas claras e óbvias inspirações, também esperava algumas falhas, claro, afinal de contas é um videojogo sem os muitos dólares de orçamento como tantos outros, mas valha-me Deus Nossa Senhora do Rosário de Fátima em Cristo que eu não estava há espera disto. “DreadOut 2” é tão mau que só peca pela falta da sinalética de “Risco Biológico”, pois claramente não saí da experiência como a mesma pessoa; não se nota pela escrita?

Devia pedir desculpa pelas palavras duras e ásperas? Devia, mas não vou fazê-lo. “DreadOut 2” vence, em certa medida, na atmosfera criada e um ou outro inimigo cujo design é minimamente interessante, mas o restante é tão sofrível que fico, honestamente, espantado que alguém tenha dado luz verde para este jogo ser comercializado. Dito isso um dos grandes problemas presentes em “DreadOut 2” é este tentar inspirar-se em múltiplas temáticas ao mesmo tempo: um mundo aberto, mas vazio em conteúdo e espírito, mundos paralelos à lá “Silent Hill”, com quebra-cabeças ilógicos e um combate desajeitado de fraca precisão, “Fatal Frame” da Wish com a câmara fotográfica (irritante de manusear e imprecisa); “DreadOut 2” é uma mistela de tudo e nada ao mesmo tempo, com ênfase no ‘nada’. Podia ser só isso, mas existem mais arestas por limar. Contudo os seguintes se calhar nem com uma lixadora da BLAUPUNKT: objetos que aparecem aleatoriamente na visão do jogador, personagens com animações estranhas ou falta delas, texture pop-in muito frequente e todo o Inglês do título escrito quase regurgitado dos anais mais profundos do Google Tradutor.

Como se não bastasse, o clímax do videojogo é insatisfatório e deixa mais perguntas no ar do que respostas; terminando com aquele familiar sentimento de “é só isto?”. Quase oito ou nove horas de história intoleráveis que não desejo a ninguém. Eu juro que queria gostar de “DreadOut 2”, porque toda a temática apela à minha pessoa, mas não foi possível. Vou mais longe e deixo um apelo: não percam tempo com isto. Encontrem outra coisa, outro título, mas fiquem longe desta abominação.


JANITOR BLEEDS

por José Reis

| Plataformas | PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC
| Género | Terror
| Estúdio | OMEGACORE, Ratalaika Games
| Publicadora | Digerati
| Preço | 12,99€
Site Oficial

A Bonus Stage Publishing conta já com um pequeno leque de jogos lançados principalmente neste ano de 2022. O “Janitor Bleeds” é um deles. Um dos jogos indies, single player, com algum suspense e com algumas partes de meter medo.

Pessoalmente, estava muito tranquilo até que o carro tem um inesperado acidente. Assim começa o personagem a explorar o que o rodeia, com alguma dificuldade, até que encontra uma lanterna. Tive de colocar na opção do menu para dar o máximo de claridade, senão não via a lanterna tal que era o escuro. A verdadeira ação começa então quando o personagem entra no salão de jogos e tem de percorrer algo parecido com labirintos e contar com a ajuda de uma máquina de jogos, para conseguir progredir no jogo. O ambiente escuro traz surpresas e podemos encontrar itens úteis pelo caminho e sem eles não é possível avançar no jogo. No entanto surge por vezes e na altura mais inesperada um monstro que se o deixares chegar até ti, num instante te tira a vida. Por isso quando o vires, corre! Corre muito! A não ser que consigas abrigar-te e ficar fora do alcance do monstro teimoso, poderás sobreviver. O jogo é interessante no seu estilo arcade e é uma surpresa agradável conforme vais encontrando o lugar certo na tentativa de fugir daquele lugar assustador. Infelizmente, cheguei a um ponto em que caí num “buraco” e fiquei sem saída possível do alcance do monstro. Pessoalmente, recomendo o jogo para quem quiser passar um pouco do seu tempo a tentar escapar de um lugar assustador.


Spacelines From The Far Out

por Soraia Lobos

| Plataformas | Xbox One, Xbox Series X|S e PC – EXCLUSIVO XBOX –
| Género | Party
| Estúdio | Coffeenauts
| Publicadora | Skystone Games 
| Preço | 14,99€ (Incluído no Xbox Game Pass)
Site Oficial

“Spacelines” é um jogo cooperativo que nos coloca numa nave espacial que teremos de conseguir gerir e pilotar, de forma segura e de forma a levar as pessoas de um posto avançado para outro. Mais eis que a tarefa não é fácil: estes passageiros têm fominha e não podem sentir-se aborrecidos. Temos que deixar os clientes felizes não é verdade?

Neste jogo podemos controlar a nave sozinhos, mas se quisermos ajuda, e para que o jogo seja realmente divertido, o ideal é juntar amigos a festa. Ups, quis dizer juntar tripulação à missão, à missão claro! O bom deste jogo é que não nos aborrecemos tão cedo, cada campanha é diferente, vai variar cada rota, destino, passageiros e mapa, pois o próprio jogo gera viagens aleatórias. À medida que jogamos, vamos salvar pessoas perdidas, desviar-nos de asteróides e personalizar a nossa linda nave.

“Spacelines From The Far Out” é um jogo super divertido. Sabes aquela sensação que o “Overcooked” traz? “Spacelines” transmitiu-me a mesma diversão! De que estás a espera, bora dançar no espaço?


Nem sempre tudo são rosas, mas ainda temos alguns interessantes na lista. E a ti, há alguma coisa que te tenha chamado a atenção? Não te esqueças que temos mais para ti todas as terças-feiras, e que a fornada número 5 pode ser consultada também! Nós? Continuaremos aqui a escolher indies mais indies da lista para vos apresentar.

Códigos foram providenciados pela equipa ID@Xbox.

COMUNIDADE DUMMIES

Vamos crescer juntos

#GamingIsAWorldChanger
Send this to a friend