Ok, vamos tentar fazer isto de forma mais consistente e com um número fixo de indies para vos falar todas as semanas. Acham que dá? Nós bem queremos, mas já vimos a lista de títulos e… bem. Temos cerca de 90 ainda por cobrir. Ok, 85 com estes agora arrumados. Ai… Alguém quer vir ajudar? (Sério, contactem-nos!)
Esta semana trazemos-vos então 5 indies muito interessantes. O senhor Ulisses decidiu conhecer “Azure Striker GUNVOLT” que, para quem não sabe, é muito semelhante a Mega Man; e ainda foi visitar o DLC de “Cuphead”. Será que sobreviveu para contar a história? O Chapu finalmente escolheu o seu primeiro jogo da lista e contou um pouco sobre “Eternal Hope” no último episódio de Café com Dummies. Haverá mais indies no futuro do nosso podcast! Entretanto, Leandro deixou-se levar pela puzzle em primeira pessoa “Hourglass”, e o João andou a puxar pela cabeça em “Rayland”.
Portanto, há muita acção, histórias envolventes e puzzles para explorar nesta conjunto de indies. Está aqui a tua oportunidade de conhecer um pouco sobre cada um deles:
Azure Striker GUNVOLT
por Ulisses Domingues
| Plataformas | Nintendo 3DS, Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X|S e PC
| Género | Plataformas
| Estúdio | INTI CREATES
| Publicadora | INTI CREATES
| Preço | 12,99€
Site Oficial
Após aparecer em tudo o que é plataforma digital moderna neste mundo e arredores, “Azure Striker GUNVOLT” aparece quase como um relâmpago (trocadilho intencional) na menina dos nossos olhos: a Xbox. Pode não parecer, mas o lançamento deste título nas consolas Americanas acarreta uma importância acrescida; é um título bastante nipónico em todas as suas faces e subsequente sucesso de vendas servirá como alicerce para mais títulos semelhantes nesta plataforma. Desenvolvido pela Inti Creates (“Mega Man Zero”, “Mega Man ZX”, “Mega Man 10”) em parceria com Keiji Inafune (pai de “Mega Man”) e uma banda sonora produzida por Ippo Yamada (“Mega Man Zero” e “Mega Man ZX”) encontram-se reunidas as condições para um bom videojogo para amantes do género.
Narrativamente, “Azure Striker GUNVOLT” não surpreende. Não quero com isto dizer que o enredo seja mau, apenas bastante expectável para o género: um pouco confuso, clichê e cheio de chavões quase sem contexto algum presenteado entre missões por cinemáticas estilo Visual Novel. Por muito bonito que esta apresentação consiga ser, é a jogabilidade, eletrificante e frenética, que destaca o título por entre o mar destes indies Action Adventure RPG. Se adoraste “Mega Man Zero”, rapidamente compreenderás que “Azure Striker GUNVOLT” é semelhante na sua estrutura porém muito mais mexido, misturando estilo com velocidade na concretização dos mais de quinze níveis disponíveis. Aliás todo o videojogo, desde a sua base até ao seu conteúdo opcional, impulsiona-te a seres cada vez mais rápido e eficiente; a existência de uma grelha que pontua o teu desempenho reforça este mesmo ponto.
Um outro ponto a favor que mistela bem com a jogabilidade são os visuais retro: uma panóplia de pixéis coloridos e reminiscentes de jogos mais antigos (como os mencionados até ao momento). Desde a mais simples animação até ao último boss, tudo emana uma energia crua, acentuada e quase mordente, sem nunca parecer desfocado (relembro que isto é um port de um título da 3DS). Sem esquecer a estupidamente boa banda sonora, “Azure Striker GUNVOLT” apresenta-se quase como um título obrigatório que não só é divertido como também desafiante, pecando só pelo enredo confuso.
Cuphead – The Delicious Last Course
por Ulisses Domingues
| Plataformas | Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC
| Género | Plataformas
| Estúdio | Studio MDHR
| Publicadora | Studio MDHR
| Preço | 7,99€
Site Oficial
Reza a lenda que a cada lua cheia inventa-se um DLC digno do seu preço de retalho; a comunidade gaming ainda sofre pesadelos com a famosa armadura para cavalo em “The Elder Scrolls IV: Oblivion”. O “The Delicious Last Course” por 7,99€ (ou em conjunto com o jogo base por 26,99€) é, em bom calão português, uma autêntica pechincha. O jogo base, apesar de ser delicadamente difícil, detém dos visuais mais originais no género, claramente inspirados pelos desenhos animados de Max Fleischer. Em conjunto com a jogabilidade dentro do estilo 2D Action-Platformer, e um enredo surpreendentemente lúdico, o estúdio MDHR conseguiu produzir um dos videojogos que mais se destacou na última década e este novo DLC veio reforçar a sua posição quiçá por mais uma.
Apesar de uma curta longevidade, “The Delicious Last Course” apresenta-nos novas armas, charms, alguns segredos por descobrir, seis novos bosses para defrontar e a introdução da Ms. Chalice como personagem jogável. Não é segredo que “Cuphead” é brutalmente difícil (porém justo!) e o estúdio decidiu manter essa mesma dificuldade tão característica, mas é aqui onde a Ms. Chalice pode fazer a diferença: apesar de não conseguir utilizar qualquer charm, ela traz consigo um duplo salto, uma esquiva para ultrapassar obstáculos, um dash parry e quatro pontos de vida. Pode não parecê-lo, mas mesmo com estas benesses é uma personagem equilibrada e equiparável aos outros dois protagonistas. Outro ponto que me surpreendeu pela positiva foi o castelo do King of Games, uma mudança a pique dos níveis tradicionais até então por lutas com mini-bosses que premeiam a vitória com moedas para desbloquear o que for necessário.
Talvez o mais impressionante aqui seja a qualidade de tudo presente nesta nova aventura; são imensos mas pequenos detalhes nas várias animações tanto dos níveis em si ou dos bosses encontrados. Isto dita montanhas sobre o trabalho feito pelo estúdio MDHR e exemplifica muito bem a paixão e amor que existe por este projeto. Posto isso “Cuphead – The Delicious Last Course”, pelo preço solicitado, apresenta excelentes razões para amantes do título base não obstante a sua curta longevidade. Numa última nota pessoal não sou grande fã da dificuldade ou até do estilo artístico empregue, mas mérito e reconhecimento tem de ser atribuído quando este é merecido e neste caso todos os indivíduos presentes na criação deste videojogo estão de parabéns.
Eternal Hope
por Roberto Santos
| Plataformas | Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One e PC
| Género | Aventura, Plataformas, Puzzle
| Estúdio | Doublehit Games
| Publicadora | DX Gameworks LLC
| Preço | 9,99€
Site Oficial
– Ouve a opinião do Chapu no podcast Café com Dummies –
Hourglass
por Leandro Rocha
| Plataformas | Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC
| Género | Puzzle
| Estúdio | Cyberwave
| Publicadora | Secret Item Games
| Preço | 24,99€
Discord de Cyberwave
“Pneuma”, “Talos Principle”, “The Turing Test”, entre outros indies, agora têm como parceiro de prateleira um novo título que partilha muitas de suas melhores características: “Hourglass”. Este é um novo jogo em primeira pessoa da Cyberwave focado na resolução de puzzles. Simples, mas atraente, ele é mais uma nova adição do programa ID@Xbox.
Com um estilo gráfico estilizado e com cores vibrantes, embelezado também pela Unreal Engine, ele conta a história de Aywa, uma jovem que vai à procura de seu pai em meio a pirâmides fantásticas e que em sua jornada utiliza uma habilidade de clone do tempo. Com isso ela pode criar um clone, executar ações e, ao término de certo tempo, ela retorna a seu ponto de origem e o clone começa a executar as ações dos últimos segundos.
Nas quase 5 horas de jogo, “Hourglass” surpreende por conseguir contar uma história interessante ao mesmo tempo que dá possibilidades extremamente criativas a sua habilidade, terminando justamente quando a receita está para ficar cansativa. Para amantes de jogos desse estilo, “Hourglass” oferece algumas horas relaxantes com puzzles de média complexidade que não lhe darão nenhuma dor de cabeça. Se for um novato, recomendamos o teste, pois é uma excelente e agradável introdução aos First Person Puzzle Games.
Rayland
por João Loureiro
| Plataformas | Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC
| Género | Puzzle
| Estúdio | Eastasiasoft Limited, Naoka Games
| Publicadora | Eastasiasoft Limited
| Preço | 4,99€
Site Oficial
Pelas mãos da Naoka Games, “Rayland” é um jogo feito de puzzles, contendo luzes e refletores. A fazer lembrar um conceito visto, por exemplo, no velhinho “Invizimals” da PSP, é o voltar à ação de um género de jogo engraçado e simples, para exercitar o cérebro e explorar os seus (poucos, confesso) 40 níveis. Apresenta-se como um jogo que cativa pela quantidade de troféus e conquistas que dá, mas que, para muitos jogadores, se esgotará nisso, limitando o potencial do seu formato. Ainda assim, a evolução desde os puzzles mais fáceis até aos que parecem impossíveis vão deliciar quem goste de puxar pela cabeça!
Então, algum destes indies chamou a atenção? Sem dúvida que são interessantes e trazem qualidade. Não te esqueças de ver a nossa última fornada de indies, mais precisamente, a número 3!
Códigos foram providenciados pela equipa ID@Xbox.