Não há 2 sem 3, alguns costumam dizer. Aqui não há 5 indies sem 10. É precisamente isso que acabaste de ler!
Esta semana temos imensos indies para despachar, muito graças aos esforços do João Xabregas e Soraia Lobos! Ah, e consegui colocar um também pelo meio…
Há muita acção, aventura, estratégia, gestão, história, mistérios, contos de fadas, censura e luta no conjunto de indies que temos para vocês!
As Far As The Eye
por João Xabregas
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC
| Género | Estratégia, Roguelike, Turn-based
| Estúdio | Goblinz Studio
| Publicadora | Klabater
| Preço | 24,99€
Site Oficial
“As Far As The Eye” é um jogo indie de gestão de recursos baseado em turnos onde os jogadores controlam um povoamento de viajantes que têm de chegar ao The Eye antes que uma onda os elimine.
O jogo tem lugar num mundo gerado processualmente onde as áreas são aleatoriamente preenchidas com recursos que os jogadores devem recolher para progredir. A recolha de recursos é simples, tendo cada área do mapa características e materiais específicos que podem ser recolhidos. Podem ser criados edifícios que permitam aos jogadores tirar maior partido deles, com o bónus adicional de permitir que os aldeões aumentem as suas competências enquanto executam uma acção.
Contudo, a dificuldade do jogo e a curva de aprendizagem tornam-se mais evidentes à medida que os jogadores progridem, com os aldeões a transformarem-se em espíritos animais específicos quando trabalham, o que pode tornar difícil lembrar quem foi designado para fazer o quê. O esquema de controlo também se torna estranho e desajeitado, especialmente quando se joga com um comando, e eventos aleatórios podem destruir rapidamente edifícios, causar doenças, e pôr fim ao jogo se não tiverem cuidado.
Apesar destes desafios, a estética do jogo é visualmente e audivelmente agradável, o que faz com que valha a pena ser considerado para os jogadores que gostam de jogos de gestão de recursos.
Beholder 3
por João Xabregas
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Aventura, Estratégia, Simulação
| Estúdio | Paintbucket Games, Fantastico Studio
| Publicadora | SunDust
| Preço | 19,99€
Site Oficial
“Beholder 3” é um simulador imaginativo de um estado totalitário onde controlas Frank Schwarz, um senhorio do governo encarregado de espiar os seus inquilinos para obter informações, reportar às autoridades, e executar tarefas em tempo real. Se não o fizeres, o resultado serão multas monetárias, o que poderá levar à falência e ao fim do jogo. Deves também equilibrar a tua vida familiar com as suas responsabilidades como senhorio e espião.
A narrativa de “Beholder 3” e a construção do mundo são impressionantes, captando a essência dos estados controlados pelo governo, tanto passados como presentes. A escrita do jogo é forte, com sub-histórias bem trabalhadas, e o seu estilo visual monocromático complementa o obscuro conceito de espião. No entanto, o jogo pode tornar-se repetitivo após várias horas.
A jogabilidade do “Beholder 3” é uma mistura de um RPG “point-and-clicker” e um jogo semelhante ao Sims, com tarefas sensíveis ao tempo atribuídas pelas autoridades. A sonoridade do jogo aumenta a vibração totalitária, criando uma atmosfera tensa. O ritmo funciona bem, embora haja alguns momentos em que a personagem pode ficar sem reacção. Apresenta ainda missões secundárias que fornecem conteúdo adicional. “Beholder 3” é uma experiência intrigante, com grandes personagens e enredo, tornando-o um bom ponto de partida para os recém-chegados à série Beholder.
Bot Gaiden
por João Xabregas
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC
| Género | Acção, Aventura, RPG
| Estúdio | Acme gamestudio
| Publicadora | tinyBuild
| Preço | 34,99€
Site Oficial
“Bot Gaiden” é daqueles indies que mistura os elementos clássicos de plataforma e luta de Mega Man com a velocidade de corrida e ninjas para criar algo novo. Os jogadores assumem o papel de robôs ninjas Robyu e Bytron, cuja missão é recuperar os Golden Skulls das garras de Giorqio e dos seus capangas robôs. O jogo é rápido, cheio de gráficos coloridos, e apresenta uma gama de inimigos robóticos com diferentes habilidades que deverás derrotar.
Uma das características do de “Bot Gaiden” é que o boss em cada nível está a carregar o poder da sua Golden Skull, e quanto mais rápido conseguires alcançar o boss, mais fácil será a luta contra o mesmo. Isto acrescenta ao jogo um elemento de corrida rápida, encorajando os jogadores a correr pelos níveis o mais rápido possível. No entanto, os níveis não estão isentos dos seus desafios, com inimigos difíceis e vários pick-ups que devem ser apanhados.
“Bot Gaiden” inclui também um modo co-op local, permitindo aos jogadores desfrutar do jogo com amigos e familiares. De um modo geral, o título oferece uma experiência de jogo divertida e desafiante para qualquer jogador, embora possa ser mais difícil para aqueles que não tenham reflexos muitos rápidos.
Divine Knockout
por Soraia Lobos
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC
| Género | Acção, Luta, Plataformas
| Estúdio | Red Beard Games
| Publicadora | Hi-Rez Studios
| Preço | 9,99€
Site Oficial
Ora aqui está um dos indies cuja abordagem em 3D me cativou, por proporcionar uma nova perspectiva e muito similar a jogos como Smash Bros e Brawhalla do mesmo género, beat ‘em up 2D sem perder o que nos tanto cativa neste género.
“DKO” trata-se de um jogo de combate rápido, cuja abordagem tridimensional permite que o movimento e o tempo tenham uma nova dimensão e profundidade estratégica.
A jogabilidade é fluida e os poderes das personagens são muito divertidos, com bastante variedade, e super adoráveis, e ao jogar vamos ganhando alguns cosméticos (excluindo skins de personagens).
O único problema que vejo é o facto de, para conseguir deuses sem termos que gastar dinheiro real, implica muitas horas a jogar. À semelhança de jogos como “APEX Legends”, apenas o primeiro deus é desbloqueado rapidamente, os restantes são muito mais difíceis.
Recomendo este jogo a todos os fãs de jogos beat’em up. Sem dúvida super divertido!
Geometric Sniper
por João Xabregas
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Aventura, Shooter
| Estúdio | YAW Studios
| Publicadora | Silesia Games Sp. z o.o.
| Preço | 2,99€
Site Oficial
“Geometric Sniper” mistura elementos dos jogos de sniper e os jogos de procura de objectos escondidos. Este indie oferece um ambiente relativamente simples que assenta em cenários desenhados a caneta e que requer que os jogadores encontrem pela tela de jogo o alvo destinado na missão para para assassinar.
O jogo usa alguns truques para a dissimulação de forma a tornar as missões mais complicadas, tais como personagens que se parecem exactamente com o alvo do jogador, mas que têm as costas viradas ou diferenças muito mínimas, ou até mesmo esconder demasiado pequenas características que identifiquem os alvos. Outros aspectos frustrantes do jogo incluem os NPCs que são demasiado semelhantes muitas vezes, e a própria duração da campanha de jogo, que dura pouco mais que uma hora. No entanto, os controlos, no que toca aos elementos de sniper, são excelentes.
Go! Go! PogoGirl
por João Xabregas
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Aventura, Plataformas
| Estúdio | Ohsat Games
| Publicadora | Ratalaika Games S.L.
| Preço | 4,99€
Site Oficial
“Go! Go! PogoGirl” apresenta uma jovem rapariga a perseguir um rapaz que lhe roubou o seu pogo stick. O jogo inclui quatro chefes e níveis agrupados pelas estações do ano, onde a Pogogirl salta em perseguição do ladrão. Os níveis são semelhantes aos tradicionais platformers 2D, mas com ferramentas de salto, tais como a capacidade de parar e carregar os saltos ou o tradicional duplo salto, o que torna a antecipação de algumas das situações mais confortável. Contudo, a abordagem ambiciosa do jogo à jogabilidade de “Pogogirl” também traz algum desconforto, e o avançar do jogo pode sentir-se um pouco demorado e frustrante em algumas ocasiões.
O título tem uma certa homenagem aos jogos de Sonic the Hedgehog, com fundos, texturas e terrenos semelhantes. Embora as diferentes estações do ano ofereçam algumas pequenas complementações ao jogo, pode tornar-se frustrante durante os níveis dos bosses à medida que se testam as mecânicas de salto aos seus pontos de ruptura. Mas de um modo geral, “Go! Go! PogoGirl” é daqueles indies que acaba por oferecer uma interessante abordagem aos tradicionais platformers 2D, mas cabe aos jogadores decidir se a ambiciosa abordagem à jogabilidade do pogo vale ou não a pena.
Pets at Work
por Catarina Ferreira
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e Nintendo Switch
| Género | Aventura, Plataformas
| Estúdio | Nibb Games & Guimaraf Studio
| Publicadora | Ratalaika Games S.L.
| Preço | 4,99€
Site Oficial
Talvez daqueles joguitos indies perfeitos para desfrutar com companhia. Imagino, mais especificamente, “Pets at Work” como um bom candidato entre os indies para aqueles que procuram algo engraçado e barato para jogar com os mais pequenos.
O conceito é simples. Um gato e um cão têm de passar pelos diferentes escritórios dum edifício de trabalho, ultrapassando os diversos obstáculos. Ambos têm habilidades únicas que nos obriga a ter de intercalar por um ou outro quando jogamos a sós. Por exemplo, o ágil gato consegue saltar mais alto, mas não tem a força do cão para empurrar objectos.
O jogo oferece um conjunto interessante de níveis ou fases com uma música motivadora que mais parece incitar-nos a puxar por nós no ginásio, e uma arte visual muito fofa. É tão simples quanto esta pequena análise.
Raptor Boyfriend: A High School Romance
por Soraia Lobos
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Aventura, RPG, Simulador
| Estúdio | Eastasiasoft Limited. Rocket Adrift, Ratalaika Games SL
| Publicadora | Eastasiasoft Limited
| Preço | 13,99€
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Um dos indies que ao início estranha-se, depois entranha-se, com um estilo de arte fofo com personagens únicas.
O primeiro ponto positivo que quero elogiar são todos os cenários, os quais demonstram uma incrível dedicação dos desenvolvedores. São vividos e criados com amor acrescentando muito à história com pequenos detalhes no plano de fundo.
Esta foi muito fácil de seguir. A nossa personagem principal, Stella é muito profunda, e no desenrolar do jogo vamos criando cada vez mais empatia com ela, pelas suas dificuldades com a ansiedade.
Todas as personagens românticas tinham personalidades únicas sem que nenhum delas fosse chata. Eu adorei que cada um deles tivesse outras pessoas nas suas vidas, um passado que podemos desvendar. O jogo proporcionou muitos momentos realmente divertidos, sinceros e até tristes que me fizeram querer abraçar as personagens.
Sem dúvida uma das minhas experiências favoritas com jogos de simulação de namoro. Recomendo “Raptor Boyfriend” aos fãs do género e quem quiser explorar uma narrativa divertida, mas simultaneamente muito emocional.
Rhythm Sprout
por João Xabregas
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Aventura, Música, RPG
| Estúdio | SURT
| Publicadora | tinyBuild
| Preço | 14,99€
Site Oficial
Aos indies de combate rítmico junta-se “Rhythm Sprout”, um jogo que foi lançado após os seus criadores o terem anunciado há alguns meses. Apesar de ter sido ofuscado pelo seu concorrente “Hi-Fi RUSH”, o título tem o seu próprio apelo particular e poderia ter encontrado um nicho de audiência.
“Rhythm Sprout” tem sido elogiado pelo seu aspecto a fazer lembrar vários títulos da Nintendo, com personagens carismáticas, e géneros de música ecléctica, entre outros aspectos. Embora minimalista, os comandos do jogo permitem a liberdade de encontrar o botão que melhor se adapta a cada jogador, proporcionando assim uma acessibilidade fantástica.
A história consiste em resgatar a Princesa Cauliflower e derrotar o Rei Sugar Daddy através de canções individuais. Enquanto a personagem do jogo se afasta da câmara à medida que os botões se vão movendo em direcção à mesma, a capacidade de pressionar os botões correctos determina a rapidez e a distância percorrida pelo herói do jogo. Embora haja apenas três botões para premir em “Rhythm Sprout”, e um desses três só raramente apareça, o jogo oferece uma boa acessibilidade, tornando-o totalmente acolhedor para todos os jogadores. Os inputs de acção rítmica têm recebido críticas mistas por parte dos jogadores, mas a calibração dentro do jogo e o mapeamento das batidas da música acabam por ser bastante bons.
The Darkest Tales
por João Xabregas
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Aventura, Plataformas
| Estúdio | Trinity Team
| Publicadora | 101XP
| Preço | 24,99€
“The Darkest Tales” é um indie inspirado em contos de fadas que tem muito a seu favor, particularmente o seu estilo de arte deslumbrante que combina a energia destes contos com o horror de um jogo de terror. O título pega em vários contos de fadas conhecidos e reimagina-os como subversões sangrentas e um tema mais obscuro. No entanto, a personagem principal Teddy é resmungão, esperto, e um pouco desagradável, o que faz com que o jogo se sinta por vezes antipático.
“The Darkest Tales” segue Teddy e a sua parceira, uma fada excessivamente entusiástica, enquanto se deslocam de conto de fadas a conto de fadas, num esforço para resgatar a sua dona, Alicia. O jogo joga-se principalmente num estilo de plataforma de acção que é predominantemente linear com níveis cuidadosamente elaborados, embora tenha alguns momentos em o mapa se expande um pouco mais, e certos aspectos mais negativos do jogo começam a ficar expostos. A falta de um mapa, os pontos de checkpoint pouco frequentes, e os bugs de controlo acabam por ser os principais problemas com “The Darkest Tales”.
Este é daqueles indies com potencial para ser uma grande experiência apesar das suas falhas. A equipa de arte merece reconhecimento pelo estilo de arte deslumbrante, e os níveis ao estilo de plataforma de acção mantêm os jogadores nos seus limites durante o jogo. Os bosses fantásticos do jogo são também dignos de menção. No entanto, a falta de polimento e os bugs no que toca aos controlos fazem com que se sinta inacabado, e a falta de um mapa e pontos de checkpoint pouco frequentes são frustrantes.
De uma forma geral, “The Darkest Tales” tem potencial para ser um grande indie, mas os seus problemas impedem-no de atingir todo o seu potencial.
Ok, já recuperaste desta carrada de indies? Sim ou não? Qual ficou aí marcado? O que te despertou curiosidade? Consulta a nossa lista anterior, a fornada de indies número 24!
Códigos foram providenciados pela equipa ID@Xbox.