Portanto, chegou outra sexta-feira e estás sem ideias do que ler? Temos mais indies para ti, pode ser?
Queres descarregar energia num jogo de corridas arcade, resolver puzzles em mundos tridimensionais estranhos, ou praticar o teu negócio de canábis em ascensão com um simulador?
Contamos com o João e o Luís para vos falar dos indies desta semana.
One Hell of a Ride
por João Xabregas
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e Nintendo Switch
| Género | Acção, Arcade, Corridas
| Estúdio | Petrodiy-Games/ ChiliDog Interactive
| Publicadora | ChiliDog Interactive
| Preço | 6,99€
Site Oficial
“One Hell of a Ride” é um jogo de corridas de circuito que é, segundo os próprios developers, comparado a jogos como “Twisted Metal” e “Carmageddon”, mas a comparação fica aquém das expectativas. O jogo está estruturado em 25 corridas, em que todas elas são apenas uma variação das mesmas 5/6 pistas. O objectivo é simples: ser o primeiro a cruzar a meta. E não há qualquer diferença em termos de objectivos, a única variante do jogo é o número de participantes, voltas, e o uso de armas, o que faz com que a falta de variedade seja uma questão crítica para o jogo.
“One Hell of a Ride” também apenas permite ser jogado a solo, o que limita a sua longevidade e potencial, e não há quaisquer modos fora das 25 corridas. A condução é minimamente decente, onde os níveis são circuitos simples com alguns saltos e barris explosivos como obstáculos. Não é particularmente rígida, embora se centre num estilo mais tipo drifting. Há combate sob a forma de uma arma que está acoplada aos veículos, mas é algo muito limitado e não é particularmente interessante, levando bastante à repetição do jogo.
“One Hell of a Ride” é daqueles indies que pode proporcionar uma curta explosão de diversão para aqueles que gostam de memorizar as pistas, mas fica aquém do esperado em termos de excitação e variedade, em comparação com outros jogos do género.
Q.U.B.E. 10th Anniversary
por João Xabregas
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC
| Género | Acção, Aventura, Plataformas, Puzzles, Simulação
| Estúdio | Toxic Games Limited
| Publicadora | Toxic Games Limited
| Preço | 19,99€
Site Oficial
“Q.U.B.E. 10th Anniversary” é uma versão remasterizada do popular jogo de puzzle indie que foi lançado em 2012. O jogo foi originalmente um projecto final para três estudantes da Universidade de Newport que não fizeram qualquer programação. Vendeu bem no Steam e mais tarde recebeu uma edição de Director’s Cut e uma sequela, “Q.U.B.E. 2”, em 2017. A edição do 10th Anniversary pega no jogo original e reconstrói-o a partir do zero, acrescentando novas características e melhorias.
O jogo acrescenta seis horas de jogabilidade, novos capítulos e puzzles, um comentário do director, e uma história adicional que é contada através de transmissões de rádio por voz. Os jogadores estão situados no espaço perto de Júpiter, onde devem completar uma série de puzzles para ganharem a sua liberdade. O jogo é jogado na primeira pessoa, e os jogadores controlam luvas que podem manipular blocos de cores diferentes. O jogo introduz uma nova mecânica de jogabilidade, coleccionáveis, e permite aos jogadores jogar de novo a versão original de 2012, se assim o desejarem.
Os visuais actualizados fazem uma grande diferença, incluindo texturas e iluminação melhoradas, e o áudio também foi actualizado com voz-off e uma banda sonora atmosférica. O comentário do realizador é informativo e vale a pena ouvir.
Em termos gerais, “Q.U.B.E. 10th Anniversary” é um jogo de compra obrigatória para os amantes de puzzles e é um jogo difícil de pôr de parte, mesmo para aqueles que jogaram o original há uma década atrás.
The Entropy Centre
por Luís da Costa
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC
| Género | Acção, Aventura, Puzzles
| Estúdio | Stubby Games
| Publicadora | Playstack
| Preço | 24,99€
Site Oficial
“The Entropy Centre” é um jogo que leva o jogador numa aventura através de uma estação espacial em órbita da Terra, onde controlamos a personagem principal, Aria. A história começa com Aria acordando em escombros e descobrindo que a Terra está a caminho de uma extinção iminente. Como se isso não fosse suficiente, Aria também percebe que o centro da estação espacial, conhecido como The Entropy, está próximo do colapso.
Logo no início, somos apresentados ao objetivo do jogo: impedir que a explosão da Terra aconteça, mesmo que tenhamos de repetir o ciclo várias vezes. E para isso, temos acesso a uma arma com uma Inteligência Artificial, que nos permite controlar o tempo e completar os desafios que encontramos ao longo do jogo.
Além da jogabilidade envolvente, “The Entropy Centre” também é visualmente incrível e apresenta fortes inspirações no jogo “Portal”. A música que nos acompanha ao longo da aventura contribui para uma atmosfera intrigante e misteriosa.
Ao longo do jogo, os puzzles vão-se diversificando e intensificando em dificuldade sem nunca termos a sensação de repetição forçada. E para apimentar ainda mais o universo, existem algumas cenas de combate que envolvem robots.
Em resumo, “The Entropy Centre” é um dos jogos indies feito com amor que mostra como títulos desse tipo podem inovar tanto ou mais do que as grandes produções AAA. A história, a jogabilidade envolvente e a atmosfera intrigante tornam este jogo uma experiência única e emocionante para todos os jogadores.
The Last Hero of Nostalgaia
por Luís da Costa
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, PlayStation 5, PlayStation 4 e PC
| Género | Acção, Aventura, Puzzles
| Estúdio | Stubby Games
| Publicadora | Playstack
| Preço | 24,99€
Site Oficial
“The Last Hero of Nostalgaia” é um jogo que promete encantar os fãs de jogos antigos e da série Souls. Logo no início, somos apresentados a um stickman altamente customizável, que vai ganhando “carne” e se tornando cada vez mais poderoso à medida que avança no jogo.
O estilo 16 bits, combinado com um universo 3D e elementos 2D, cria uma atmosfera única e nostálgica, que remete aos jogos antigos e encanta os jogadores. Com cinco classes para escolher, cada uma com seus próprios atributos e pontos fortes e fracos, o jogador tem a liberdade de escolher o seu próprio caminho e desenvolver suas habilidades.
Acompanhado por um narrador com muito humor e referências a jogos antigos, como “Might and Magic Book One” e “Dungeon Master”, o jogador é guiado através de uma história emocionante e desafiadora. Embora o início do jogo possa ser um pouco chato devido às muitas instruções e notificações, as primeiras armaduras são ganhas em poucos minutos, dando ao jogador um gostinho do que está por vir.
Com inimigos cada vez mais fortes e uma preparação intensa para a épica batalha com o boss final, “The Last Hero of Nostalgaia” é daqueles indies imperdíveis para os fãs de Souls e jogos antigos. Com uma excelente jogabilidade e a possibilidade de jogar a dois, este título promete horas de diversão e nostalgia.
Weedcraft Inc
por João Xabregas
| Plataformas | Xbox Series X|S, Xbox One, Nintendo Switch, Playstation 4 e PC
| Género | Simulação, Estratégia
| Estúdio | Vile Monarch
| Publicadora | Klabater / Devolver Digital
| Preço | 24,99€
Site Oficial
Weedcraft Inc é um jogo de vídeo de simulação que leva os jogadores numa viagem através do negócio da canábis. No jogo, os jogadores são encarregados de cultivar, cuidar e vender várias estirpes de canábis, tudo isto enquanto evitam a polícia e maximizam os seus lucros. Existem três cenários diferentes no jogo, cada um com o seu próprio nível de dificuldade e objectivos. O primeiro cenário, denominado “Growing Up”, é concebido como um tutorial alargado, introduzindo os jogadores nos princípios básicos do jogo e guiando-os através do processo de cultivo e venda de canábis. Os outros dois cenários, “Highs and Laws” e “Heat Wave”, são menos amigáveis para principiantes e requerem mais experiência e conhecimento do jogo.
Para além destes cenários estruturados, os jogadores têm também a opção de criar o seu próprio jogo personalizado, escolhendo a sua personagem, cidade inicial, personalidade, e até mesmo a quantidade de dinheiro com que pretendem iniciar. O jogo pode ser jogado em “modo normal” ou em “modo chill“, o que facilita o jogo e permite que os jogadores o desfrutem ao seu próprio ritmo. A banda sonora apresenta uma composição instrumental a base de hip-hop que contribui para o ambiente do jogo. No entanto, o esquema de controlos do jogo na sua versão para consolas tem algumas falhas, maioritariamente devido a interface do jogo acabar por ser algo ocupada e com os botões a permanecerem durante todo o jogo, o que apesar de poder servir de ajuda para não se ter de memorizar todos os comandos acaba por se tornar um pouco confuso e as vezes difícil de navegar. Independentemente destas limitações, o jogo proporciona uma experiência de simulação profunda e complexa que equilibra humor e sátira com um olhar sério sobre a crescente indústria da canábis.
Então, quais os indies que te chamaram a atenção? Todos os indies? Ok… alguns? Recorda a fornada número 23 de indies!
Códigos foram providenciados pela equipa ID@Xbox.
