Então, coisas boas, como vai essa semana? Mais uma terça-feira significa mais indies do ID@Xbox para mostrar e discutir. Para já, continuamos a ter algumas recomendações.
O Ulisses continua a saga de Azure Striker com “GUNVOLT 2” mas que mais tem andado a jogar? Saberão na próxima semana. Entretanto, o João vem desta vez com dois indies distintos cujas aparências poderão iludir: “Princess.Loot.Pixel.Again x2” e “Seduction: A Monk’s Fate”. A Soraia está de volta com um romance visual que não é recomendado aos mais novos, mas é recomendado para os restantes seres humanos. Chama-se “Tales of Aravorn: Seasons Of The Wolf”. E eu? Bom, eu andei a experimentar o novíssimo “Train Valley” na esperança de encontrar um sistema de construção de caminhos de ferro semelhante a “LEGO Loco”. Não fiquei desiludida. É nisto que indies conseguem surpreender pela positiva.
E por falar em comboios: em conjunto bom a BlitWorks estamos a sortear uma cópia do jogo para a Xbox One ou Xbox Series X|S, exclusivamente no Twitter. Basta seguirem as indicações da publicação lá e usar o Segredo para conseguir uma cópia na próxima sexta-feira!
Ah, e por cada 25 participações, a publicadora irá ceder mais uma chave para sortear. Vale, ou não vale a pena?
Ora vamos lá então aos indies da fornada 5!
Azure Striker GUNVOLT 2
por Ulisses Domingues
| Plataformas | Nintendo 3DS, Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X|S e PC
| Género | Plataformas
| Estúdio | INTI CREATES
| Publicadora | INTI CREATES
| Preço | 17,99€
Site Oficial
Após o início da franquia esbanjar a sua eletrificante presença recentemente na Xbox, “Azure Striker Gunvolt 2” aparece como um segundo relâmpago (déjà vu, Ulisses?) no ecossistema da Microsoft. Apesar de ser muito cedo para avaliar a receção do antecessor nestas consolas, fãs do género conseguem, certamente, apreciar esta vertente nipónica em clara ascensão (uma forte banda sonora J-Pop, idols e maids neste título). Não obstante, esta sequela apresenta-se quase idêntica ao primeiro “Gunvolt”, levando a vários difidentes formarem conclusões precipitadas. Contra mim falo, mas após dez horas consigo afirmar que “Azure Striker Gunvolt 2” é muito mais do que um aparente pacote de conteúdos adicionais. Aliás vou mais longe ainda: se terminaram recentemente o primeiro “Gunvolt”, sugiro que iniciem a sequela com a nova personagem principal.
Se permitem outra sugestão, com o vosso interesse em primeiro lugar, procurem “Azure Striker Gunvolt 2” não por narrativa ou enredo, mas sim por pura e crua ação run-and-gun. Não estou a ser reles ou funesto, longe disso, mas a história contada consegue ser mais desinteressante que o antecessor, servindo como autêntico verbo de encher para avançar os níveis e pouco mais; aliás é até possível desligar o diálogo que vai aparecendo a meio do jogo! Porém é a jogabilidade, partilhada por dois protagonistas, que realmente leva a taça para casa. Embora o titular “Gunvolt” não fuja da mesma (muito boa) pastilha já mascada anteriormente, Copen introduz mecânicas vastamente diferentes com a estrutura dos níveis, apesar de pouco visualmente apelativos, a enaltecerem as capacidades de cada um. Considero esta última a verdadeira mestria da equipa Inti Creates, arquitetos digitais que conseguem transformar níveis em corredores divertidos e desafiantes, resultando numa jogabilidade explosiva do ponto A ao B.
Contudo, realisticamente, “Azure Striker Gunvolt 2” tem pouco mais para oferecer senão o seu óbvio estatuto de sequela; é um daqueles casos raros onde mais do mesmo não é necessariamente mau. A introdução de Copen como personagem jogável é excelente e por si só razão satisfatória de compra, com tudo o resto (exceto o enredo) a ajudar à festa: a banda sonora, os bosses tresloucados em todos os aspetos e o conteúdo extra que prolonga um pouco mais a experiência. Aliás é mais fácil recomendar esta sequela do que o antecessor, embora puristas possam querer passar pela experiência cronológica dos títulos.
Princess.Loot.Pixel.Again x2
por João Loureiro
| Plataformas | PlayStation 4 e Xbox One
| Género | Plataformas
| Estúdio | EfimovMax
| Publicadora | Omni Games
| Preço | 3,99€
(Sem Site Oficial)
“Princess.Loot.Pixel.Again x2” volta, oito meses depois, para o seguimento do primeiro jogo que não agradou, na altura, à comunidade. Esta sequência da aventura pixelizada garante, tal como o nome indica, dobrar a quantidade de inimigos, objetos, recompensas e bosses do primeiro título. Uma jornada com uma de três protagonistas, que te leva a avançar nos níveis para poder matar dragões e beijar princesas. São prometidas mais situações bizarras e masmorras aleatórias, sempre com obstáculos a condizer com a dificuldade.
Com um estilo semelhante a “Spelunky 2”, por exemplo, este é um jogo simples, mas divertido, que requer alguma skill para se conseguir avançar nos níveis e chegar a um patamar de topo.
Seduction: A Monk’s Fate
por João Loureiro
| Plataformas | Nintendo Switch, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S e Xbox One
| Género | Terror
| Estúdio | Eastasiasoft Limited, KOEX Studio
| Publicadora | Eastasiasoft Limited
| Preço | 7,99€
Site Oficial
À procura de um jogo produzido por um só developer? “Seduction: A Monk’s Fate” está a cargo de um criador de Singapura, e chega com uma premissa intrigante e bastante interessante para um indie. Na onda dos “MADiSON” desta vida (sobre o qual escrevi há umas semanas aqui), este também se apresenta como um jogo de terror, mas, desta vez, em 2D. Na pele de um monge budista que tenta limpar espíritos assustadores do seu mosteiro, há muito para explorar e puzzles inteligentes para se resolver. Ainda que seja um pouco limitado quanto às falas (inexistentes) das personagens e à banda sonora, este curto jogo vale pela arte gráfica que, não criando jump scares descomunais, serve para pintar a aura de terror psicológico. Ainda para mais, vale totalmente o preço e a experiência que pode causar!
Tales of Aravorn: Seasons Of The Wolf
por Soraia Lobos
| Plataformas | Android, Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One e PC
| Género | RPG, Romance Visual
| Estúdio | Winter Wolves
| Publicadora | Ratalaika Games
| Preço | 19,99€
Site Oficial
Quando vi “Tales of Aravorn: Seasons of the Wolf” imediatamente pensei “é a minha praia”. Uma aventura ao estilo de “Dungeons & Dragons” com interação entre personagens? Yes please! Trata-se de um RPG estilo storytelling. A arte vai de encontro ao valor do jogo, serve para nos deixar imersos na pele de Shea e Althea, elfos da neve de uma terra distante.
Nesta aventura iremos explorar o mapa, aceitar missões e claro entrar em combate, neste caso, iremos enfrentar diversos inimigos dos quais se destacam os orcs, em batalhas em que a estratégia faz a diferença e a história progride sempre num tom épico de mundo fantástico. O jogo ganha destaque nas relações que cada irmão cria com as personagens envolventes, e eis o melhor! Aquele bichinho que “Mass Effect” nos trouxe… relações amorosas! Este jogo permite a cada irmão a opção de romance heterossexual e homossexual. Estes diálogos são para mim o epic moment esta aventura, diálogos sempre divertidos de ler, com um bom ritmo e humor. Se gostas de escolhas e um RPG medieval estilo storytelling também é a tua praia, então vem dai mergulhar em “Tales of Aravorn: Seasons of the Wolf”!
Train Valley
por Catarina Ferreira
| Plataformas | iOS, Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One e PC
| Género | Puzzle
| Estúdio | Flazm
| Publicadora | BlitWorks
| Preço | 11,99€
Site Oficial
Estava eu tranquila da vida a ver o que haveria no Keymailer, quando verifico um “Train Valley” e em meros segundos sou transportada de volta a “LEGO Loco“. Vendido! Lá tentei a nossa sorte e tivemos a oportunidade de vos apresentar este belíssimo e desafiante jogo numa das nossas Livestreams graças à BlitWorks.
Por vezes no meio de uma sopa diversa de ingredientes indies, somos surpreendidos com um sabor novo e bem-vindo. “Train Valley” é aquilo que parece, oferecendo dezenas de níveis compactos num mapa fixo com diferentes estações de comboio que vão surgindo e permitindo que construamos caminhos de ferro para garantir que as diferentes eras desta criação humana fluem sem incidentes. Entre ver o trailer pela primeira vez e jogar, as expectativas ficaram em cheque. É um jogo interessante e divertido para passar um bom bocado, correndo de forma fluída sem problema algum. As únicas coisas que gostaria de ver melhoradas é o tamanho do cursor ou até a forma como este funciona. Por vezes perde-se a localização deste no meio da confusão e isso acaba por exigir uma pausa no jogo. A forma como o sistema responde às direcções do analógico ou d-pad também é pouco satisfatória. Deve ser bem mais simples jogar com teclado e rato, digo eu! Mas por este preço? Comprem. Já. Afinal, este é daqueles que me lembra porque procuro tanto experimentar indies.
Chega ao fim mais uma curta edição de ID@Dummies, com cinco indies para conheceres e o que achámos de cada um deles. Será que a tua próxima adição ao backlog está aqui? Cabe a ti escolher. Entretanto, não te esqueças de ver a nossa última fornada de indies, mais precisamente, a número 4!
Códigos foram providenciados pela equipa ID@Xbox.