Whateverland – Review

“Whateverland” foi desenvolvido pelo estúdio independente russo que começou por ser um projeto na Kickstarter da Caligari Games, e é um jogo de aventura point and click não linear onde assumimos a missão de Vincent, um ladrão melancólico, que acaba por roubar um colar que infelizmente pertence a uma bruxa poderosa chamada Beatrice. Como maldição, esta envia-nos para o mundo místico de Whateverland.

Neste mundo repleto de quebra-cabeças e personagens icónicos, somos confrontados com escolhas entre o bem e o mal que podem determinar o destino de Vincent, mas conseguiremos escapar?

© Caligari Games

A partir do momento em que chegamos, somos apresentados a um conjunto de personagens características, um corvo falante e um cientista bastante peculiar, e aí conhecemos o nosso companheiro fantasmagórico, Nick. Rapidamente percebemos que o “Whateverland” nada mais é que uma prisão e que estes personagens, depois de algum tempo deambulando por este mundo qual almas penadas, começam de facto a transformar-se em fantasmas. Destino que atormenta o nosso personagem e cuja única forma de escapar é colecionar as 7 peças para completar o feitiço que reverterá a maldição da bruxa Beatrice. Nick, de forma quase exasperante mas amigável, acompanha-nos nesta aventura, guiando os nossos passos e ajudando a completar os puzzles que nos aparecem pela frente pelas diferentes áreas do mapa.

© Caligari Games

Cada peça tem seu próprio local exclusivo, sendo que as 7 peças de feitiço são propriedade de 8 pessoas (1 peça é de propriedade de um par de gémeos). Durante o jogo, existem sempre dois caminhos, entre os quais existe também a opção de usar as habilidades de ladrão de Vincent, mas essa decisão pode trazer muitas vezes circunstâncias imprevistas e dificultar-nos a vida por vezes, mas nem sempre.

Alternativamente, Vincent pode conversar com os personagens de Whateverland, fazer amizade com eles e ver se há algo que ele possa fazer por eles que permita que eles se separem de sua parte do feitiço. Esse caminho pelo jogo é muito mais longo e pode ser sinuoso. Independentemente da nossa escolha, esses dois caminhos são claramente rotulados ao longo do jogo. As opções durante o diálogo que seguem um caminho nefasto e de roubo são rotuladas com uma lua. As opções consideradas moralmente “boas” são rotuladas com um símbolo de sol. Apesar do sentimento limitador no tipo de escolhas disponíveis, o jogo possui diferentes consequências e reações por parte dos personagens, bem como vários finais alternativos, o que definitivamente é um fator que nos leva a revisitá-lo.

© Caligari Games

Além disso, os minijogos e puzzles são recheados muitas vezes de humor negro, são divertidos e um tanto desafiantes de jogar. A animação e o trabalho artístico no design dos mesmos, do mundo e das personagens em geral é um dos pontos fortes do jogo. Desenhado e animado em 2D com o uso de fotografia e alguns elementos 3D em alguns cenários e momentos do jogo, tornam o mundo de “Whateverland” visualmente apelativo e cheio de carisma. Isso aliado à história não-linear, ao humor característico presente durante todo o jogo e a história evolvente tornam o jogo quase perfeito!

É uma pena que haja algumas dificuldades no mapeamento dos controlos de jogo e também algumas inconsistências nos diálogos, e uns tantos bugs em “Whateverland” que azedam algumas partes do jogo, em particular nas últimas horas de jogo. Nomeadamente objetos cruciais para completar certos puzzles que não são possíveis de selecionar por alguma razão ou cenários que se estendem além do desenhado e que se vê claramente que já saiu do suposto posicionamento do frame da imagem. Ou diálogos que continuam a ser repetidos, mesmo quando os personagens já não estão na mesma cena. Alguns destes bugs acontecem a meio de puzzles e só saindo do jogo e recomeçando tudo de novo é que possível terminar os mesmos, o que causa muita frustração!


Por certo que após uns tantos patches e atualizações, estes serão resolvidos. No entanto, para os efeitos devidos não podia deixar de referir que por esta razão, a avaliação do jogo ficou aquém. Ainda assim, é um jogo engraçado para passar o tempo. 


PRÓS

  • Desenhado à mão em 2D;
  • Design de níveis e puzzles divertidos;
  • Boa banda sonora e voice-acting;
  • Personagens carismáticos;
  • Diálogos engraçados;
  • História não-linear;

CONTRAS

  • Bugs em alguns objetivos do jogo;
  • Diálogos inconsistentes nalgumas cenas;
  • O mapeamento de controlos não é dos melhores;
  • A interface nem sempre é intuitiva;
  • As consequências das escolhas do personagem nem sempre são claras;

| Título | Whateverland
| Plataformas | PC
| Género | Aventura, Point & Click, Puzzles
| Estúdio | Caligari Games
| Publicadora | WhisperGames
| Preço | 19,99€
Site Oficial

REVIEW Face - Mastiga-se

“MASTIGA-SE”

7/10


Código de review foi providenciado pela WhisperGames, através do Keymailer
Foi utilizado um PC para esta review

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