ID@Dummies – Fornada nº2 de indies

Mais uma semana de indies, portanto é mais uma semana de surpresas, sejam elas positivas ou negativas. O Ulisses esteve a jogar “Final Vendetta” e “The Hand Of Merlin”, ambos com um preço talvez um pouco puxado. A Soraia parece que adorou “Unexplored 2: The Wayfarer’s Legacy” e recomenda. A Catarina andou a debater-se com “Dadish 3” e “Word Wheel”, e o Elton aka Notle também falou das suas experiências com “Nummels” e “Just Shape & Beats” no 1º episódio do nosso podcast “Café com Dummies”.

Mas esta é apenas a opinião dos Dummies. És tu que tens a última palavra no que toca a decidir se estes indies são para ti ou não:


Dadish 3

por Catarina Ferreira

| Plataformas | Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, PC, Android, iOS, Poki
| Género | Plataformas
| Estúdio | Thomas K Young
| Publicadora | Thomas K Young
| Preço | 9,99€
Site Oficial

Estou desiludida. Ia escrever uma introdução nada genial sobre o jogo ser sobre um pai nabo, mas fui a descobrir o site de Thomas K Young, criador da trilogia “Dadish”, e afinal trata-se dum rabanete. Até ia meter-me com o Ulisses para dizer que lhe recomendaria este jogo de nabos…

Enfim, em “Dadish 3” o pobre pai rabanete tem de andar atrás dos filhos outra vez, que se perderam depois de terem um acidente de camioneta, onde iam para uma viagem de estudo (embora nem sequer andem na escola).

Temos uma série de níveis para completar – porque aparentemente rabanetes reproduzem-se como coelhos – e a dificuldade vai aumentando de forma surpreendente. É daqueles jogos que pode parecer inocente mas vai trazer alguns momentos de tensão, perfeito para quem gosta de desafios em plataformas! Visualmente, lembra-me “Super Mario World” pela simplicidade dos fundos e até o design das chaves. Somos também constantemente surpreendidos pela troca de palavras entre o rabanete-pai e as demais crias e outros intervenientes, que vêm com um diálogo que nunca faz grande sentido. Pelo preço que tem e com a quantidade de níveis que ainda tenho pela frente, diria que é um bom jogo para os amantes de plataformas. Já eu deverei continuar a desafiar-me e irritar-me com o resto. Mais um dos indies a lixar-me a cabeça.


Final Vendetta

por Ulisses Domingues

| Plataformas | Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, PC
| Género | Beat ‘Em Up
| Estúdio | Bitmap Bureau
| Publicadora | Numskull Games
| Preço | 24,99€
Site Oficial

Pela mesma mão da Bitmap Bureau, estúdio conhecido pelo “Xeno Crisis”, vem “Final Vendetta”, um side scrolling beat ‘em-up cheio daquela deliciosa energia retro e indie que apaixona tanto fã por essas consolas fora. Esse é o ponto chave, aliás, considerando que esta nova aposta relembra em vários pontos os grandes nomes da época: “Streets of Rage” ou “Final Fight”; vou mais longe: “Final Vendetta” é um claro tributo ao género em que se insere, aproveitando todos os bons pedaços dos seus bolos para cozer algo que consegue ser completamente novo.

Porém, por todo o meu incessante elogio não deixa de ser, muito honestamente, uma recomendação difícil. “Final Vendetta” traz consigo algumas modernices, mas outros tantos aspetos fazem dele uma venda difícil a 24.99€. esta quase pré-histórica. quando experiências semelhantes já existem em compilações por um preço mais rechonchudo e com modo online! Na dificuldade mais fácil, ainda assim imensamente punitiva, só há acesso a sete vidas (sem continues) e assim que terminadas visita-nos o ecrã de Game Over. Contudo, cada inimigo tem uma fraqueza a explorar e assim que esse clique manifesta, ao mesmo tempo que aprendemos as nuances da nossa personagem, fica uma experiência ligeiramente mais concretizável.

Feitas as contas, o saldo recai sobre seis curtíssimos níveis numa Londres à Americana, três personagens amplamente diferentes, modo survival e boss rush, uma excelente banda sonora, um desafio considerável a nível de Achievements e um grafismo pixelizado lindo de morrer e chorar por mais. “Final Vendetta” é um videojogo frustrante até para amantes do género, mas ainda assim consegue ser divertido devido ao seu combate sólido e ao claro amor com que foi todo construído. Só dá pena o preço e a janela de lançamento a coincidir com o igualmente espetacular beat ‘em-up das Tartarugas Ninja.


Just Shapes & Beats

por Elton Alves

| Plataformas | Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, PC
| Género | Música
| Estúdio | Berzerk Studio
| Publicadora | Berzerk Studio
| Preço | 19,99€
Site Oficial

– Ouve a opinião do Notle no podcast Café com Dummies


Nummels

por Elton Alves

| Plataformas | Xbox One, Xbox Series X|S, PC
| Género | Plataformas
| Estúdio | Plattnip
| Publicadora | Plattnip
| Preço | 9,99€
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– Ouve a opinião do Notle no podcast Café com Dummies


The Hand of Merlin

por Ulisses Domingues

| Plataformas | Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, PC
| Género | Beat ‘Em Up
| Estúdio | Room-C Games, Croteam
| Publicadora | Room-C Games, Croteam
| Preço | 29,99€
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Dos títulos indies mais interessantes a sair da fornada ID@XBOX vem “The Hand of Merlin”, um videojogo que mistura o Ciclo Arturiano com aventuras rogue-lite e um estilo de progressão à lá choose-your-own-adventure e tantos outros sistemas por mencionar. Algo que está consideravelmente bem feito é como a narrativa inclui a estrutura rogue-lite na sua génese: Num multiverso vigiado por Merlin alastra-se uma corrupção que consome todos os mundos numa corrida contra o tempo. A única salvação descansa num santo-graal que necessita transporte por três heróis mortais de Camelot em Albion até Jerusalém. Fiquei positivamente impressionado como a narrativa e subsequente enredo lidam com várias temáticas, sempre com uma escrita de topo e missões secundárias interessantes.

“The Hand of Merlin”, no entanto, não é fácil de compreender à primeira impressão; a interface do utilizador é um pouco feia e desajeitada, especialmente via comando e não rato & teclado. A jogabilidade divide-se em pelo menos três componentes: progressão num mapa-mundo disposto por um tabuleiro de jogos, um desenvolvimento mais tradicionalmente RPG com a equipa de três heróis (alterar equipamento, habilidades, etc) e um combate por turnos que recorda os vários “X-COM” desta vida. Fundamentalmente divertido, mas existe muito a acontecer ao mesmo tempo, sendo necessário respirar fundo até assimilar tudo o que “The Hand of Merlin” tem para oferecer.

Visualmente não é uma experiência que deslumbra; não estamos a olhar para o mais recente título triplo A, mas cumpre a função razoavelmente ao contrário da banda-sonora que é mais do que excelente. Ao todo, no entanto, “The Hand of Merlin” é um rogue-lite RPG que cativa pela sua narrativa e mecânicas complexas, mas podia ser tão melhor se o controlo por comando e a apresentação viesse com outra qualidade. A 29.99€ é capaz de ser uma recomendação complicada, mas existe aqui conteúdo que farão valer várias horas e uma lista de Achievements também divertidos. Eu pelo menos adorei e por norma evito este tipo de jogos hoje em dia.


Unexplored 2: The Wayfarer’s Legacy

por Soraia Lobos

Plataformas | Xbox One, Xbox Series X|S e PC
| Género | Acção, Aventura, RPG
| Estúdio | Ludomotion, Kittehface
| Publicadora | Big Sugar Games
| Preço | 24,99€
Site Oficial

O mundo da fantasia sempre me atraiu deste pequena, em especial a união da magia com plano de fundo medieval e eis que “Unexplored 2” assentou que nem uma luva. Trata-se de um RPG de ação em tempo real altamente focado na exploração, sobrevivência, nas nossas escolhas e nas sua consequências ao longo de um história e arte envolvente!

Nesta aventura vestimos a pelo de um viajante a percorrer o mundo com o objetivo de destruir o Cajado de Yendor, o mauzão desta história. Mas eis que esta missão não é fácil! Ao longo do caminho morremos muitas vezes e neste jogo não existe opção de gravação, o que torna o desafio um pouco frustrante mas super divertido pois, uma vez derrotados, podemos continuar a aventura com uma nova personagem que vivenciará as consequências das decisões do seu antecessor.

Não cometam o mesmo erro que eu: neste jogo não devemos procurar sempre andar a porrada, mas sim sobreviver e fazer escolhas inteligentes! Ao contrário de “Unexplored” que é mais focado no combate, neste segundo jogo vais usar mais o cérebro que os músculos! Ficamos parados num puzzle? A solução mora na exploração do mapa, leitura de textos e conversas com personagens a nossa volta. Uma tribo oferece uma aliança, mas querem a tua espada épica como oferta de paz. Que vais decidir? Este também é um jogo de rondas épicas e longas, na busca de ir o mais longe possível.

“Unexplored 2” surpreendeu-me imenso pela positiva, todas e eu devo realçar novamente, todinhas as nossas escolhas vão ter consequências, um jogo de verdadeira exploração num mundo desconhecido, sem dúvida uma grande aposta para quem quer ser um verdadeiro explorador!


Word Wheel by POWGI

por Catarina Ferreira

Word Wheel by POWGI
© Lightwood Games

Plataformas | Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation Vita, Xbox One e Xbox Series X|S
| Género | Puzzle
| Estúdio | Lightwood Games
| Publicadora | Lightwood Games
| Preço | 7,99€
Site Oficial

De vários indies que se vai experimentando na vida, uns são autênticas obras de arte e outros passam despercebidos. Claro, há estilos para todos e cada um terá as suas necessidades. Gosto sempre dum bom jogo de palavras, puzzles e números, mas “World Wheel” não incita muito. Apesar de trazer um desafio diferente por obrigar os jogadores a escrever palavras que incluam a letra do centro do círculo, não há grande vontade em continua. A música incessante não ajuda a focar e como temos de usar o analógico ao seleccionar as letras na roda, muitas vezes acaba-se por falhar escolher aquilo que queremos. O estúdio parece que se especializa em jogos do género, portanto haverá uma lista enorme de desafios por onde escolher. Se calhar fazia mais sentido venderem um pacote com alguns destes títulos do que trazer algo assim de forma isolada.


Ufa! Esta lista foi grande. Mais uma fornada recheada de indies do programa ID@Xbox. Conhecias algum? Não te esqueças de ver a primeira fornada: https://dummies.pt/iddummies-fornada-no1-jogos-indies/

Códigos foram providenciados pela equipa ID@Xbox.

COMUNIDADE DUMMIES

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