ID@Dummies – Fornada nº26 de indies

Indies pracoli, indies pracolá, indies com fartura, toma lá dá cá! São novamente 10 para conheceres, com mistérios para resolver, mundos a explorar e histórias a escrever trazidos por mim, João e Soraia!

Demon Hunter: New Chapter

por Catarina Ferreira

Da Artifex Mundi já não se espera muita evolução, mas eu procuro os seus indies de point and click e puzzles porque gosto de algo mais calmo que me entretenha por vezes à noite antes de me ir deitar.

Em “Demon Hunter”, a história não será o melhor. É sim o grafismo, com um desenho limpo e detalhado que dá prazer visual; os puzzles diversificados e divertidos, muitos deles com pistas espalhadas para os resolver; e as animações que sem dúvida são um salto positivo desde o último destes que joguei.

Mais um para a lista dos fãs destas histórias com vozes para dar vida a mais uma aventura.

Infelizmente, os Achievements não puxam para sequer terminar a história. Com um backlog cheio como o meu, assim torna-se complicado convencerem a acabar.

Fashion Police Squad

por Soraia Lobos

Este é um dos indies que nos chegou às mãos para surpreender, um jogo único dentro do género FPS, cheio de personalidade e diversão. Quem diria que a evolução dos jogos FPS nos levaria de matar demónios como em “Doom”, a corrigir os erros de moda?

Este é um jogo cheio de ação onde procuramos fraquezas específicas nos inimigos, com o intuito de ajudar as pessoas a ficarem mais na moda. Apanhei-me a rir várias vezes com várias piadas inteligentes e uma ótima atmosfera. O jogo fez um excelente trabalho na criação de um ambientação único, colorido com uma banda sonora fantástica. Este indie proporcionou-me muita diversão, com um excelente design e ritmo, bem como alguns conselhos de moda, o que me leva a recomendá-lo a todos os jogadores que gostem de FPS e um bocadinho de nada de moda.

Intrepid Izzy

por João Xabregas

Este jogo de plataformas foi originalmente criado para a SEGA Dreamcast em 2021, e depois foi portado para a Xbox em 2022. Apesar das preocupações iniciais sobre a forma como o jogo se iria aguentar com as novas tecnologias, não é nem anacrónico nem limitado. Aliás, “Intrepid Izzy” acaba por ser uma carta de amor aos platformers da era Dreamcast, bem como uma homenagem à série Shantae.

Trata-se de um jogo de plataforma 2D com grandes níveis e lógica 3D, onde os poderás alternar entre níveis saltando através de portas ou tomando caminhos no meio dos níveis. Há um par de cidades para explorar, onde poderás comprar comida e melhorar os pontos de vida, e ainda até jogar em três máquinas de arcade: Plerg!, Ultra Bazoop e 3D Wheel. A essência do jogo está nos níveis, onde terás que explorar, matar inimigos, e ir preenchendo o teu mini-mapa, enquanto esperas alcançar um ponto de save, um espelho infinito ou um checkpoint antes de ficares sem vidas.

Na segunda metade do jogo, ficarás basicamente sem caminho para seguir em frente, e não haverá mais bosses ou níveis para completar. Há apenas uma grande porta no centro, e provavelmente só terás uma ou duas das quatro chaves que são necessárias para a abrir. Esta é a segunda parte do título e destinada a “limpeza”, e embora ainda seja boa, acaba por não ser a melhor das duas metades.

“Intrepid Izzy” fornece muitas das ferramentas necessárias para terminares o resto do jogo, e terás também acumulado várias habilidades novas e alguns fatos para usares. Os bosses do jogo são constituídos por um grupo bastante imaginativo e que são colocados ao longo do jogo com perfeição, e é bom que te prepares para provavelmente sucumbir três ou quatro vezes antes de aprenderes verdadeiramente as suas fraquezas e os seus padrões de ataque.

Peachy Boy

por João Xabregas

Mais um daqueles indies muito simples que provou ter o seu sucesso tanto com jogadores como com não jogadores. O jogo é imediatamente jogável e compreensível, ou seja, sem qualquer tipo de tutorial ou história introdutória, e consegue ainda atrair outros para assistir. É tão simples que se pode pré-jogar os níveis de cabeça a partir de uma imagem de captura de ecrã, e cada nível é tão ousado e convidativo como a sua animada música. Peachy Boy é nada mais que um pêssego em formato pixel sem história, e conhece as suas próprias limitações. Os níveis são tão diabólicos como convidativos, e o jogo pode ser concluído num par de horas.

A mecânica é simples: há apenas um par de controlos, e cada nível é jogado num só ecrã. Pode-se movimentar o Peachy Boy com o analógico ou rodar toda a arena em 90 graus em qualquer um dos sentidos, o que altera o fluxo da gravidade no processo. Os criadores dos níveis fizeram um excelente trabalho para manter o jogo interessante, e a adição de blocos, cogumelos trampolins, e musgo pegajoso acabam por ir aumentando gradualmente o nível de dificuldade do jogo. Apesar deste ter algumas pequenas falhas, acaba por se tornar divertido e a deixar quem o joga a querer mais. Algo que pode atrair alguns a joga-lo é o facto de o mesmo ter apenas 10 Achievements, todos eles ligados apenas a simples conclusão dos 10 primeiros níveis, fazendo-o assim uma possível escolha para os achievement hunters.

Petite Adventure

por João Xabregas

Este indie de corridas que tenta imitar a clássica série Micro Machines, mas fica muito aquém das expectativas. Em vez de pistas de corridas propriamente ditas, oferece uma série de minijogos de acrobacias que são pouco notáveis e frustrantes. Os controlos são demasiado sensíveis e nem sempre respondem da melhor maneira, e os carros param completamente imóveis se atingirem alguma coisa, o que torna impossível manter qualquer momentum que possa ser necessário. Os Achievements acabam por ser fáceis de obter, mas o jogo é tão frustrante que a maioria dos jogadores vai querer abandoná-lo o mais depressa possível.

O título oferece um total de trinta e dois desafios divididos em três níveis de dificuldade, mas é improvável que alguém os queira completar a todos. Os controlos frustrantes do jogo e a abordagem punitiva dos erros fazem-no sentir como uma forma especial de tortura. Até mesmo o botão de respawn, que é suposto ser uma funcionalidade útil, só torna as coisas piores ao teletransportar os jogadores para o local exacto onde ficaram presos. Em conclusão, “Petite Adventure” é uma má imitação da série Micro Machines que não consegue captar a sua diversão e estilo.

Railway Islands

por Catarina Ferreira

Um conceito super simples e, embora não me ocorram referências, certamente alguns de nós já viram este tipo de puzzle em algum lado, onde temos que girar as peças para as colocar no local certo e seguir.

Há aqui um objectivo básico: fazer o comboio chegar de ponto A a ponto B, passando pelas estações que precisa. Este curioso o pequeno jogo é giro, pacato, e entretém. Os comandos são simples, mas neles encontro o verdadeiro ponto negativo em “Railway Islands”. A forma como o cursor, controlado pelo analógico esquerdo, parece perro a maior parte do tempo. Chega a tornar a jogabilidade, por vezes, frustrante.

Passando pelas diferentes estações do ano, o Inverno é particularmente irritante dado que a neve tapa até os limites de cada hexágono, tornando a construção e raciocínio ainda mais difícil.

Mas são os seus desafios por vezes intuitivos até que tornam este, finalmente, um daqueles indies com puzzles que recomendo para algumas horas de entretenimento. Diverti-me imenso a resolver os diversos desafios, sentindo sempre uma dificuldade crescente, sem nunca se tornar aborrecido, com as diferentes peças que foram sendo inseridas. Dá até para criar o nosso próprio mapa! A música deixa-nos numa mood de relaxamento e a estética do jogo é muito apelativa.

RWBY: Arrowfell

por João Xabregas

“RWBY: Arrowfell”, desenvolvido pela WayForward, é a mais recente adição de jogos indies à popular série RWBY criada por Monty Oum para a Rooster Teeth. “RWBY: Arrowfell” acompanha quatro guerreiras, Ruby, Weiss, Blake e Yang, conhecidas como Huntresses, na sua aventura para proteger o seu mundo, chamado de Remnant, de vários inimigos. No jogo, os jogadores seguem a aventura da equipa RWBY e as suas descobertas sobre os mistérios que rodeiam uma esfera que atrai criaturas negras chamadas Grimm. A jogabilidade baseada em scrolling lateral tipo metroidvania apresenta cada membro da Equipa RWBY com um poder único, que permitem aos jogadores progredir através dos níveis. O jogo tem uma apresentação de grande qualidade, incluindo cutscenes que se assemelham à série anime e excelentes locuções. Embora os bosses do jogo sejam relativamente fáceis de derrotar, a exploração de cada canto e recanto pode levar a descoberta de pontos de habilidade e itens essenciais para as missões. Os vários níveis do jogo são acedidos através de um grande mapa mundi, onde novos destinos são desbloqueados ao falar com os vários NPC’s presentes pelo jogo.

A jogabilidade ao estilo metroidvania está bem implementada, e os aspectos únicos de cada personagem oferecem um bom desafio. De uma forma geral, “RWBY: Arrowfell” é uma experiência agradável que apelará tanto aos fãs da série como aos recém-chegados à procura de um divertido e envolvente jogo de acção de scrolling lateral. A excelente apresentação do jogo e a sua história convincente fazem dele um jogo obrigatório para os fãs da série e constitui uma adição sólida à série RWBY.

Sail Forth

por Soraia Lobos

Ora aqui está um dos indies feito com paixão e dedicação que nos proporciona uma aventura colorida e divertida.

Quando vi este jogo pela primeira vez lembrou-me de “Sea of Thieves”. Comecei a jogar a pensar ok, vou navegar em barcos, mas o que encontrei foi uma aventura onde conheci uma grande variedade de personagens com uma diversidade de coisas para fazer além de navegar. O jogo proporciona outras atividades com diferentes elementos, desde tirar fotos até atualizar o design do meu barquinho feio.

As personagens que vamos conhecendo são fofas, proporcionando uma vertente RPG, e o combate dá uma sensação de progressão que lembra o combate naval de “Assassin’s Creed: Black Flag”.

O estilo de arte neste jogo é muito colorido com bons gráficos desde as ondas, as nuvens, o tempo e o fumo dos canhões. Recomendo este jogo a todos os que procuram um jogo divertido ao estilo do título da Rare.

Ten Dates

por Soraia Lobos

Uma comédia romântica em estilo live-action, este é um dos indies de simulação de namoro que se destaca dos restantes que estamos acostumados a jogar, pois este inclui pessoas reais, como se de uma série de TV se tratasse e estivesse nas nossas mãos o destino destes speed dates.

Joguei “Tend Dates” com a personagem feminina, Misha, e joguei como se fosse eu na vida real o que tornou o jogo muito mais divertido.

Adorei que as opções de jogo, que incluíram dicas sobre os objetivos e, devido à variedade de escolhas, este permite jogar novamente no futuro mesmo quando se chega ao fim de todos os dates.

A música e imagem são ótimos, as atuações de Misha e Ryan são excelentes e eu adorei as revelações que cada umas as personagens fez ao longo do jogo.

Um ponto importante foi sem dúvida a inclusão de LBTQ+, numa abordagem interessante e profundidade das personagens. Para quem gosta de romances visuais esta é uma excelente opção!

Warp Drive

por João Xabregas

“Warp Drive” é um novo jogo de corrida de hovercars que traz novas ideias e uma nova perspectiva para o género. Os seus gráficos apresentam um deslumbrante design de arte em cel-shading que se assemelha a algo fora de um título Borderlands com um amor por luzes de néon e linhas negras. Os controlos das aeronaves sentem-se pesados, e o drifting leva um pouco de prática a aperfeiçoar, mas oferece um alto grau de precisão que pode ser usado para fazer drifts rápidos para um impulso momentâneo ou movimentos em cantos apertados. As pistas estão longe de serem uniformes, com várias rotas alternativas, desvios e caminhos mais rápidos que giram em espiral à volta da pista principal.

A ambição de “Warp Drive” brilha com o seu sistema monetário, onde se recolhem pinos de energia que podem ser gastos para aceder a diferentes capacidades, tais como um impulso de velocidade, mísseis de rastreio, e uma funcionalidade antigravitacional de mudança de trajecto. O jogo tem um toque mais acessível do que outros jogos do género, o que o torna uma adição perfeita aos jogos de party. Embora “Warp Drive” esteja determinado a trazer novas ideias e conceitos ao género, nem todos eles funcionam por completo, e as pistas podem sentir-se um pouco homogéneas devido a sua semelhança.

SEO, pára de me chatear e toma: indies indies indies indies. Satisfeito?

Mais uma carrada de 10 joguitos para ti. Algum que te tenha chamado a atenção? Temos coisas muito giras! Consulta a nossa lista anterior, a fornada de indies número 25!

Códigos foram providenciados pela equipa ID@Xbox.

By Catarina Ferreira

Artista, idealista, aspirante a concept artist. Apaixonou-se por “Halo”, depois pela Xbox e fundou os 'Xbox PT Dummies'.

ID@Dummies – Fornada nº26 de indies

Moda, mistérios, corridas, histórias, comboios, romance e aventura pelos mares estão presentes em mais 10 indies para conheceres!

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