Frozen Flame – Preview Early Access

Pois é, voltamos a falar deste jogo, cujo os nossos leitores mais atentos poderão reconhecer que o mesmo já tinha sido anunciado neste artigo, e espero sinceramente que esta preview que estou prestes a escrever não seja a última vez que o façamos. Como tal, tive a oportunidade de explorar o místico mundo de Arcana no acesso antecipado de “Frozen Flame”, que é o primeiro projeto a solo do estúdio independente da Dreamside Interactive, constituído por alguns desenvolvedores que trabalharam em títulos bem conhecidos do público gamer como Assassin’s Creed, Dragon Age e Diablo. O estúdio inspirou-se em jogos como “Rust” e “The Forest” para criar um jogo de sobrevivência que viva para preencher as expetativas dos jogadores e garanta umas boas horas de aventura aos fãs do género, tal como eu.

E assim me perdi por horas a fio nestas últimas semanas em “Frozen Flame”. Desde o momento em que comecei a jogar, ficou claro que vou adorar este jogo! Seguindo os títulos que o inspiraram, é um jogo de exploração visualmente impressionante, com um ambiente bonito e com um estilo e personagens polidas.

© Dreamside Interactive
© Dreamside Interactive
© Dreamside Interactive
© Dreamside Interactive
© Dreamside Interactive
Viewfinder
© Sad Owl Studios
Viewfinder
© Sad Owl Studios

Enquanto viajamos pela ilha inicial onde a nossa aventura começa no mundo de Arcana, precisaremos de reunir recursos e materiais para sobreviver. Isso inclui caçar animais para termos comida, encontrar ou construir abrigo, bem como criar vários itens e equipamentos. O jogo conta com um sistema de criação robusto que permite aos jogadores criar uma ampla gama de itens, desde ferramentas básicas até armas e armaduras avançadas, à semelhança por exemplo de jogos como “Raft” ou de “Valheim”.

“Frozen Flame” pode ser jogado a solo ou modo cooperativo e multiplayer num server privado ou público, sendo que o último só estará disponível na versão final do jogo. No entanto, e apesar de ainda não ter conseguido jogar o modo cooperativo, sei que para já não é possível jogar num mapa já criado pelo jogador anfitrião, tendo que ser jogado num mapa novo. Seria interessante que fosse possível continuar a evoluir o nosso mapa enquanto jogamos com amigos numa atualização futura.

Focando-nos apenas no modo solo, o jogo é-nos apresentado por uma personagem mística parecida a uma feiticeira sem contexto algum em termos de história, que nos envia em forma de esqueleto ou alma penada para uma espécie de tutorial onde aprendemos o básico das mecânicas do mesmo, como atacar, defender, andar e correr. Logo de seguida, somos transportados para um portal gigante onde reencarnamos na nossa personagem prestes a ser personalizada para depois começamos a nossa jornada.

Despida de quaisquer materiais à partida e depois de um tempo a recolher recursos, parti em busca de missões e de coisas possíveis de serem desbloqueadas pelo caminho. Depressa encontrei uns quantos inimigos pelo caminho, uns baús com tesouros para colecionar e alguns personagens amigos dispostos a darem-nos algumas recompensas em troca de algum favor. Logo consegui construir o meu primeiro abrigo e os primeiros equipamentos e armas para me defender e derrotar os inimigos com maior facilidade.

O sistema de progressão inicial pode demorar umas boas horas para conseguirmos ter acesso a certas áreas e completar certos desafios. É um jogo que inicialmente pode punir mais do que premeia pela falta de recursos e energia. O facto de termos de voltar ao local onde morremos para recolher a experiência que colecionámos é limitadora para jogadores iniciantes. Na verdade, há umas quantas coisas a melhorar da quais falarei mais abaixo.

© Dreamside Interactive | by Sara Costa
© Dreamside Interactive | by Sara Costa
© Dreamside Interactive | by Sara Costa
© Dreamside Interactive | by Sara Costa

Um dos destaques de “Frozen Flame” é o seu foco na gestão de recursos. Os jogadores devem equilibrar cuidadosamente as suas necessidades e as suas ações para sobreviver. Isso adiciona uma camada extra de profundidade ao gameplay e incentiva os jogadores a pensarem estrategicamente. Porém, é aqui que as coisas se complicam e eu começo a tecer algumas críticas. Nomeadamente no que diz respeito aos sistemas de combate, crafting, construção e armazenamento, bem como algumas mecânicas de jogo que precisam de ser melhoradas e até mesmo reavaliadas nas próximas atualizações.

Começando pelo sistema de combate, o mesmo é bastante semelhante a “Valheim”: mecânicas simples e intuitivas de ataque e defesa um tanto rústicas, diria. E os inimigos que encontramos são na sua maioria fáceis de enfrentar, mas à medida em que evoluímos a personagem e avançamos no mapa, apenas se tornam mais difíceis por terem uma barra de vida exponencial para os conseguirmos enfrentar sozinhos numa fase inicial, e não porque variam muito na sua génese e nas suas habilidades.

Outro exemplo que pode ser melhorado é o sistema de peso a partir do momento em que excedemos o inventário, que pode ser deveras frustrante a meio de uma luta ou quando estamos em locais onde não podemos construir baús para armazenar recursos e precisamos mesmo de os colecionar, pois vamos muito provavelmente precisar de tudo o que carregamos connosco, uma vez que o sistema de crafting neste jogo ainda não está equilibrado e exige uma quantidade generosa de recursos para construir e reparar o que quer que seja, o que pode levar a uma experiência de jogo pouco agradável por vezes.

Sendo que tudo o que construímos é perecível, inclusive a mesa de pesquisas para fabricar materiais e equipamento, ter um sistema de peso adicional parece-me excessivo e limita imenso a jogabilidade. É quase tão desnecessário como o é em “Skyrim”. O sistema de construção é também um pouco tosco, no sentido em que para colocarmos uma fogueira ou um baú de armazenamento nalgum sítio, temos de construir um chão primeiro e não podemos simplesmente colocá-los no solo disponível no terreno. Vale acrescentar ainda a dificuldade em encontrar sítios bons onde construir abrigo que não estejam relativamente perto de inimigos. Temos também a ação de colocar a personagem a dormir que até à data ainda não foi modificada, a mesma não aciona qualquer tipo de mudança de horário da noite para o dia e vice-versa, ou aumenta a barra de energia ou vida no caso de esta se encontrar meio preenchida.

Ainda assim, “Frozen Flame” tem sido bem recebido tanto por jogadores quanto por críticos, apesar de tudo o que mencionei anteriormente. O fundador da Dreamside Interactive, Serge Korolev declarou que o estúdio e a equipa esperam que “Frozen Flame” atue como uma porta de entrada para os jogos do género para novos jogadores.

No geral, parece ser um jogo de sobrevivência promissor que oferece uma mistura única de exploração, combate, criação e gerenciamento de recursos. No entanto, os jogadores podem querer esperar por novas atualizações antes de adquirir o jogo. Se gostas deste tipo de jogos, este é um daqueles que vale a pena manter debaixo de olho! Só tem a melhorar e pareceu-me a mim que a equipa está atenta à sua comunidade, e comprometida em lançar patches e atualizações regularmente. Pessoalmente, desejo que o estúdio seja bem sucedido na sua missão de criar um jogo sobrevivência que se destaque dos demais, pois têm tudo para isso. Mal posso esperar para jogar este jogo no seu máximo potencial!

Para os fãs do género que quiserem ajudar o estúdio a melhorar o jogo, aconselho vivamente a jogarem vocês mesmos e a tirarem as vossas próprias conclusões. Este ainda se encontra disponível para acesso antecipado durante os próximos meses com um desconto de 15% na Steam e podem ainda juntar-se ao Discord e consultar o site oficial para mais informações sobre o projeto e redes sociais do mesmo.

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